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Política

Petrobras vai vender usina de fertilizantes parada há 2 anos

Um Consórcio Chinês está negociando o empreendimento e pagará dívidas. Na quarta-feira o TCU deverá liberar a negociação

Lucas Junot | 10/03/2017 17:34
As obras foram paralisadas em 2014 quando 82% dos serviços já estavam concluídos (Foto: Perfil News)
As obras foram paralisadas em 2014 quando 82% dos serviços já estavam concluídos (Foto: Perfil News)

A reunião entre deputados, senadores, o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, na tarde desta sexta-feira (10), em São Paulo, além de encaminhar a discussão sobre a crise do gás no Estado, também apresentou avanços na continuidade das obras da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, que estão há mais de dois anos paradas. Na próxima quarta-feira (15), a usina estará pronta para ser vendida. Um consórcio chinês negocia a conclusão da obra e deverá pagar as dívidas que a estatal tem com centenas de fornecedores no município, que superam R$ 38 milhões.

O senador Pedro Chaves (PSC), que esteve presente na reunião, contou que conversou com o ministro da Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, para cobrar uma resposta rápida do TCU no processo que analisa a venda dos ativos da Petrobras. Entre esses ativos está a fábrica de fertilizantes que a empresa começou a construir em Três Lagoas.

As obras foram paralisadas em 2014 quando 82% dos serviços já estavam concluídos. De acordo com o senador, o ministro José Múcio garantiu que o TCU vai destravar o processo, liberando a Petrobras para vender a fábrica, o que foi confirmado por Parente.

Ontem o Campo Grande News noticiou que o secretário da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, entregou um ofício ao ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho, cobrando uma solução para o problema. “O ministro nos afirmou que se tem um UFN que vai terminar é a de Três Lagoas, que já está 82% executada”, alegou o secretário.


O governador disse que a UFN representa muito mais uma questão jurídica e burocrática, do que algum problema mercadológico. “O governo vai fazer a pressão necessária, junto com a bancada para destravar e dar continuidade à obra. A UFN III é uma prioridade. Com a expansão do agronegócio brasileiro, ela dá competitividade estratégica para o país”, comentou.

Obras paradas - O que era para ser a maior fábrica de fertilizantes do Brasil, é hoje uma grande obra parada e aparentemente sem destino. Com cerca de 80% concluída e R$ 3 bilhões investidos pela Petrobras, a UFN-III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) completa dois anos sem avanços. Os mais de cinco mil trabalhadores que movimentaram a economia de Três Lagoas, estão reduzidos a uma pequena equipe de manutenção.


A inauguração prevista para setembro de 2014, ficou para trás, sem remarcações. Em 10 de dezembro daquele mesmo ano, a Petrobras rescindiu contrato com o Consórcio formado pelas empresas Galvão Engenharia e a Sinopec Petroleum, alegando descumprimento de cláusulas. Até então, a obra iniciada em fevereiro de 2013 foi marcada por protestos de funcionários que alegavam o não pagamento de salários.

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