Governo vai à Petrobras cobrar retomada de obra de fábrica de fertilizantes
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), vai se reunir na próxima semana, com a presidência da Petrobras para cobrar a continuidade nas obras da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), que estão há mais de dois anos paradas. A fábrica está localizada em Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande.
A reunião foi divulgada nesta quinta-feira (9) pelo secretário da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck, que deve acompanhar Azambuja no compromisso.
Um ofício do governador foi entregue ontem (8) pelo secretário ao ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho, cobrando uma solução para o problema. “O ministro nos afirmou que se tem um UFN que vai terminar é a de Três Lagoas, que já está 82% executada”, alegou o secretário.
Azambuja também deve ir ao TCU (Tribunal de Contas da União), pedir a liberação da Petrobras para fazer o investimento. “Existem empresas interessadas no projeto. É muito mais uma questão jurídica e burocrática, do que algum problema mercadológico. O governo vai fazer a pressão necessária, junto com a bancada para destravar e dar continuidade à obra. A UFN III é uma prioridade. Com a expansão do agronegócio brasileiro, ela dá competitividade estratégica para o país”, informou o secretário.
Obras paradas - O que era para ser a maior fábrica de fertilizantes do Brasil, é hoje uma grande obra parada e aparentemente sem destino. Com cerca de 80% concluída e R$ 3 bilhões investidos pela Petrobras, a UFN-III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) completa dois anos sem avanços. Os mais de cinco mil trabalhadores que movimentaram a economia de Três Lagoas, estão reduzidos a uma pequena equipe de manutenção.
A inauguração prevista para setembro de 2014, ficou para trás, sem remarcações. Em 10 de dezembro daquele mesmo ano, a Petrobras rescindiu contrato com o Consórcio formado pelas empresas Galvão Engenharia e a Sinopec Petroleum, alegando descumprimento de cláusulas. Até então, a obra iniciada em fevereiro de 2013 foi marcada por protestos de funcionários que alegavam o não pagamento de salários.