Petrobras garante conclusão de fábrica de fertilizantes em Três Lagoas
Em reunião estatal não confirmou o pagamento de R$ 36 milhões de dívidas deixadas
A Petrobras garantiu ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a equipe que foi até o Rio de Janeiro hoje, que irá dar continuidade as obras da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande. Até março, os diretores vão apresentar um estudo sobre a conclusão do empreendimento, mas não garantiram que o pagamento das dívidas que somam R$ 36 milhões será feito.
Em dezembro, a Petrobras rescindiu contrato com o Consórcio responsável pela obra, alegando que as empresas não cumpriram com exigências de contrato. Porém, o empreendimento foi abandonado com uma dívida milionária com trabalhadores e fornecedores da fábrica. A dívida com funcionários foi paga após bloqueio de bens e acordo firmado com a Justiça do Trabalho.
Agora, o governo do Estado, prefeitura municipal, associação comercial e outros órgãos de classe correm atrás das dívidas que ficou com fornecedores, que podem fechar as portas se não receberem o montante que soma R$ 36 milhões.
“A Petrobras pediu para que achássemos um meio de pagamento desse passivo. Eu acho que isso é possível. Semana que vem vamos ter uma reunião para ver como fazer esse encaminhamento e como fazer esse acordo para o pagamento dos débitos, que somam quase R$ 36 milhões com vários fornecedores”, disse o governador Reinaldo.
Sobre o andamento das obras, os diretores José Alcides Santoro Martins (Negócio de Gás e Energia) e José Antônio de Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais), que atenderam a equipe de MS, disseram que ela será retomada, mas agora com a contratação de prestadoras de serviço menores.
“Eles têm o compromisso de retornar com as obras, só estão organizando como contratar esse serviço. Eles vão pegar várias empresas de médio e pequeno porte para concluir a etapa faltante. Até o mês de março vão apresentar um estudo para a diretoria e depois de terem a aprovação vão autorizar a contratação das empresas”, contou o governador.
Oportunidade - Aproveitando o ensejo, Reinaldo solicitou aos diretores que a estatal estude a possibilidade de reduzir o custo do gás, que é distribuído no Estado por meio da MSGÁS, para fornecimento a várias empresas que demandam esse produto em Mato Grosso do Sul. “Ele ficou de fazer esse estudo e disse que até maio deve ter uma nova equação na distribuição de preços para o Brasil no fornecimento de gás”.
Participaram do encontro a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck e os deputados estaduais Ângelo Guerreiro e Eduardo Rocha.