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Política

Procuradoria reforça denúncia contra Delcídio, Bumlai, Lula e mais quatro

Michel Faustino | 21/07/2016 15:30
O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Agência Brasil)
O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Agência Brasil)

A Procuradoria da República no Distrito Federal reiterou nesta quinta-feira (21) denúncia apresentada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, contra o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido), o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, o ex-presidente Lula e mais quatro pessoas por tentativa de obstruir a Operação Lava Jato.

A denúncia, feita no início do ano, foi encaminhada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Justiça Federal de Brasília depois que Delcídio do Amaral foi cassado e perdeu o foro privilegiado. Agora, caberá à Justiça Federal do DF decidir sobre a abertura de ação penal.

Delcídio, o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro, o banqueiro André Esteves, o empresário José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício Bumlai, e o ex-presidente Lula foram acusados de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava acordo de delação premiada com a Justiça.

Segundo informações do portal de notícia G1, o procurador Ivan Cláudio Marx fez "acréscimos à peça inicial, com o objetivo de ampliar a descrição dos fatos e as provas", e aponta os mesmos crimes que a Procuradoria Geral já havia identificado: embaraço à investigação de organização criminosa, patrocínio infiel (quando advogado não defende interesses do cliente) e exploração indevida de prestígio.

O MP informou que os detalhes do aditamento da denúncia não serão divulgados em razão do sigilo, mas esclareceu que o procurador pediu o fim do sigilo no caso.

Delação - Para denunciar Lula e os outros seis, o procurador Rodrigo Janot usou as delações premiadas de Delcídio do Amaral e do chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, e apresentou extratos bancários, telefônicos e passagens aéreas.
Para Janot, há provas de que Lula se juntou ao amigos, o pecuarista José Carlos Bumlai, e que eles pagaram R$ 250 mil para comprar o silêncio de Cerveró.

Na denúncia, a Procuradoria afirmou que Lula “impediu e/ou embaraçou investigação criminal que envolve organização criminosa , ocupando papel central , determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues, José Carlos Bumlai” e pede a condenação dos denunciados por obstrução da Justiça.

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