PSD terá 8 candidatos à prefeitura e 29 vices, diz Nelsinho
Senador, presidente da legenda em MS, diz que viajará as 79 cidades para apoiar aliados
O PSD definiu oito candidaturas próprias a prefeito nas eleições municipais, terá vice em 29 cidades e cerca de 400 candidatos às câmaras de vereadores. O presidente estadual da legenda, senador Nelson Trad Filho, contou que viajou por 59 municípios costurando alianças e durante a campanha vai percorrer os 79 para apoiar os nomes do partido e aliados.
Serão cinco homens e três mulheres nas cidades de Bandeirantes, Camapuã, Douradina, Figueirão, Glória de Dourados, Japorã, Laguna Carapã e Selvíria. Conforme revelou Nelsinho Trad esta manhã, em visita ao Campo Grande News, a legenda teve como parceiro preferencial o PSDB, tanto que em Campo Grande apoia o candidato do partido, deputado federal Beto Pereira.
Nelsinho explicou que a legenda se reconhece como de médio porte e, nesse cenário, definiu como se posicionaria no pleito. “A gente sabe do nosso tamanho e vamos procurar ficar nessa posição intermediária”. O senador afirma que as relações políticas cultivadas com seu apoio no Senado às prefeituras vão reverberar no desempenho dos candidatos que apoia nesse momento.
Ele considerou que a ajuda obtida para cidades, via emendas parlamentares, em especial as menores, são determinantes em muitos municípios e esse apoio impacta no contexto eleitoral.
Nelsinho informou que neste ano já conseguiu assegurar R$ 138 milhões em emendas para repassar recursos orçamentários da União no Estado. Desde que iniciou o mandato, em 2018, as verbas conquistadas alcançam R$ 2 bilhões, diz.
Essa articulação sai da seara partidária, “é administrativa e pessoal”, explica, envolvendo prefeitos de diferentes legendas. A relação, que neste momento auxilia candidatos na sucessão municipal, daqui a dois anos devem reverter em favor da própria candidatura, admite Nelsinho Trad, que deve buscar a reeleição para o Senado em 2026.
É uma equação certa, analisa, “como 2 e 2 são 4, essa equação é certa, a sua base é feita agora”, explica. Se essa via de mão dupla envolve o parceiro preferencial, PSDB, e o apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel, em troca de ajuda para si, ele diz que ainda é cedo para garantir, mas admite que as relações de hoje já vão “demarcando o caminho”.
Senado X ano eleitoral – Nelsinho Trad explicou que as eleições municipais fizeram o Congresso Nacional amenizar o ritmo e a relevância dos assuntos para os próximos meses. Ele exemplifica que temas relevantes, como a reforma tributária, devem aguardar. Ele diz considerar o tema caro, por ver "sanha arrecadatória de tributos" da União, sendo procurado por setores que temem elevação da carga tributária, como imobiliário, de vigilância.
Outro tema que considera sensível é a queimada no Pantanal. Trad Filho disse que no ano passado apresentou emenda para assegurar R$ 12,8 milhões aos bombeiros do Estado. Ele menciona que o drama dos incêndios coloca o Estado em evidência no cenário político, na cobertura da imprensa. O senador participou de sobrevoo no Bioma recentemente e manifesta preocupação com as mudanças climáticas.
Ele defende a tese de que o desmatamento na Amazônia produz reflexos no Pantanal, tornando a estiagem mais severa, por prejudicar os chamados “rios voadores”, teoria de que a umidade formada na Floresta Amazônica se esparrama para a produção de chuvas pelo País. “Se a gente não cuidar de promover que esses rios voadores voltem aos índices pluviométricos de outrora, o Pantanal vai continuar sofrendo e poderá ter um dano irremediável”.
Para ele, só a própria natureza, com as chuvas, para acabar com as queimadas. O esforço humano, com bombeiros e aviões, ajuda a amenizar, mas não consegue extinguir as queimadas. “A natureza consegue apagar o fogo”.