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Política

Queda de braço com Renan fez Simone mais forte e pode render comando da CCJ

Senadora pode ser beneficiada por estratégia da nova Presidência do Legislativo Federal

Anahi Zurutuza | 05/02/2019 09:58
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) concede entrevista (Foto:  Jane de Araújo/Agência Senado)
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) concede entrevista (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

A briga com Renan Calheiros (MDB-AL) pela indicação do partido para a disputa da Presidência do Senado fez Simone Tebet (MDB-MS) chamar a atenção. Mais forte, ela pode ganhar cargo cobiçado na Casa, o de presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante. 

No entanto, em entrevista ao portal de notícias Uol, a senadora por Mato Grosso do Sul disse que não tem intenção de conquistar o cargo.

Ela, contudo, pode ser beneficiada por estratégia da nova Presidência do Legislativo Federal,  segundo avaliação da reportagem. Se a manobra foi concluída, o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), preferido do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e de boa parte do governo de Jair Bolsonaro (PSL), a escolhe presidente da CCJ ou entrega à parlamentar a relatoria das principais matérias do colegiado.

A ideia é continuar tirando poderes de Renan Calheiros e seus aliados. O senador, conhecido com o cacique no Senado, retirou de última hora sua candidatura à Presidência ao perceber que perderia para o candidato do governo.

O enfraquecimento do nome teve “forcinha” de Simone, que até o fim, tentou ser a candidata do MDB e ao perder o páreo, renunciou à candidatura a avulsa. “Restou a gratidão de Alcolumbre a Simone”, diz a análise feita pela reportagem do Uol.

"Eu não pleitearei a CCJ", garantiu Simone. O portal investigou, porém, que um dos cenários possível é a senadora no comando da comissão enquanto os senadores Antônio Anastasia (PSDB-MG) ou Izalci Lucas (PSDB-DF) assumem a vice-presidência do Senado.

Outra configuração seria Anastasia na CCJ passando as matérias mais importantes para Simone.

Reforma da Previdência – O Uol também apurou que Simone não gostaria de relatar a reforma da Previdência. Ela não está totalmente alinhada com as intenções do governo com as mudanças na legislação previdenciária.

"Ela tem que ser uma reforma profunda, mas não pode ser profana". Foi a frase dita por Simone à reportagem do portal em Brasília.

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