Reforma é "selvageria" e vai agravar situação do trabalhador, diz Ciro
As alterações da reforma afeta diretamente os trabalhadores e a relação deles com os patrões
A reforma trabalhista - que entrou em vigor neste sábado (11) - é uma "selvageria" que vai agravar a situação do trabalhador. Esta é a avaliação do ex-ministro Ciro Gomes, que veio a Campo Grande para participar da convenção estadual do PDT.
"O que esta sendo feito aí não merece esse nome, isso é uma 'contra reforma'. Qual o país do mundo que permite que o trabalho intermitente seja feito com remuneração inferior a um salário mínimo".
O Brasil, conforme sua avaliação, está estagnado e, portanto, precisa discutir as reformas. "Isso aí é uma selvageria que evidentemente vai agravar muito a situação da classe trabalhadora brasileira, porque é obrigada a aceitar negociações sobre a lei", critica.
Ciro participou do evento de lançamento da pré-candidatura ao governo estadual de 2018 do juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira (PDT).
Reforma - As alterações da reforma aprovada há quatro meses afetam diretamente os trabalhadores e a relação deles com os patrões, valendo para todos os contratos vigentes.
Ganha força de lei os acordos coletivos feitos entre os empregados com a chefia em pontos específicos, como jornada, intervalo, plano de carreira, home office, trabalho intermitente e ganhos por produtividade.
Alguns itens, porém, não foram afetados pela reforma, como o valor do salário mínimo, pagamento de seguro-desemprego, valor do 13º salário e dos depósitos do FGTS, hora extra (que continua tendo adicional de no mínimo 50%), adicional noturno, licenças maternidade e paternidade, aposentadoria, etc.