Relatório da Defesa não identifica fraudes, mas aponta vulnerabilidades de urnas
O documento afirma que não investigou crime eleitoral
Relatório do Ministério da Defesa de fiscalização da votação nas urnas eletrônicas foi publicado hoje e não identificou fraude. O documento afirma que não investigou crime eleitoral e na conclusão aponta o que considera vulnerabilidades do SEV (Sistema Eletrônico de Votação).
“Do trabalho realizado, destaco dois pontos. Primeiro, foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”, cita o documento.
Na sequência, afirma que “segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
O documento ainda destaca uma orientação à Justiça Eleitoral, sugerindo aprimoramentos. “Em consequência, solicito à Corte Eleitoral atender ao sugerido pelos técnicos militares no sentido de: realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas”.
O documento é assinado pelo ministro da defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Outras entidades também analisaram o sistema de votação e não identificaram irregularidades. O TCU (Tribunal de Contas da União) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), atestaram que o sistema eleitoral é seguro e imune a qualquer vício ou irregularidade.
A missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) que observou as eleições no Brasil, também disse que as eleições transcorreram de forma transparente e que as urnas eletrônicas demonstraram mais uma vez a eficácia.
Também a missão de observadores da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) afirmou que a eleição no Brasil obedeceu aos padrões internacionais de segurança.