Secretaria da Mulher continua sem titular; PMDB espera por Olarte
A Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres é a única do primeiro escalão do governo do prefeito Gilmar Olarte (PP) a continuar sem titular, isto porque a outra pasta que estava na mesma situação, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbanístico), já tem nome indicado pelo PT do B a ser nomeado nos próximos dias.
Nesta quarta-feira (23), a presidente do PMDB na Capital, vereadora Carla Stephanini, deixou evidente sua insatisfação quanto o assunto é Secretaria da Mulher. “Este é um encaminhamento que cabe ao prefeito. Não quero mais me manifestar sobre isso. É ele [Olarte] quem tem que dar o fechamento deste assunto. Não chegamos nem na fase de apresentar nomes”, afirmou ela.
Carla Stephanini continua argumentando que o PMDB não fez nenhum indicação para o governo de Olarte. Indagada sobre a situação de Edil Albuquerque (PMDB), que se licenciou da Câmara para assumir o comando da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedesc), a dirigente peemedebista declarou: “Onde ele estiver ele é um vereador, filiado e militante do PMDB. Ele não é uma escolha do PMDB, mas do prefeito que o partido referenda. Não foi construção partidária. Ele é secretário do PMDB escolhido pelo prefeito sem discussão partidária”.
Enfatizou que a presença de Edil no primeiro escalão da administração municipal “não significa participação partidária do PMDB na administração Olarte”, embora seja um nome referendado pelo partido. “É uma decisão acertada, mas PMDB não foi consultado.Para o PMDB não há formalmente participação”, declarou Stephanini.
Já o líder do PMDB na Câmara, vereador Wanderlei Cabeludo, concorda que “o PMDB não está contemplado como deveria estar” na gestão de Gilmar Olarte. Também vê em Edil uma escolha pessoal do prefeito. “Lógico que foi um convite pessoal e o Edil é um talento. Não podemos dizer que não estamos sendo contemplados com o Edil lá. Deveríamos ser melhor assistidos”, reclamou.
Cabeludo garantiu, porém, que o PMDB não está apoiando Olarte de olho em cargos. “Não fizemos nada por conta de cargos, mesmo podendo contribuir com o município. Tudo aquilo que o prefeito achar que podemos ajudar mais na administração, estamos a disposição”, declarou.
Por outro lado, Edil Albuquerque garante também que não tem apego a cargo. “O importante é o resultado do trabalho. Se tiver que sair eu saio. Não tenho apego pelo cargo, mas estou trabalhando e produzindo”, afirmou o chefe da Sedesc.
Olarte e PMDB – O prefeito Gilmar Olarte parece ter sentido que o PMDB já está muito bem contemplado na administração municipal e não tem dado importância às pressões para nomeação de um nome peemedebista para a Secretaria da Mulher. Publicamente, Olarte já disse várias vezes que a vaga é do PMDB, mas não dá efeito prático a essas declarações.
Embora o PMDB alegue que não fez nenhuma indicação partidária para a administração municipal, é o partido que tem maior quantidade de nomes no primeiro escalão, juntamente com o PP, de Gilmar Olarte. Embora alguns deles possam estar filiados a outros partidos, foram indicados por vereadores peemedebistas. É o caso de Jamal Salém (PR), secretário municipal de Saúde, que teve apoio do vereador Paulo Siufi (PMDB).
André Scaff, atual secretário de Planejamento, Finanças e Controle, foi indicado pelo vereador Mario Cesar (PMDB), enquanto Lillian Maksoud, presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), pelo vereador Paulo Siufi (PMDB).
Além disso, quatro ex-secretários das gestões do PMDB na Prefeitura de Campo Grande estão de volta: Marta Lúcia Martinez (Agência Municipal de Habitação), Marcos Antonio Cristaldo (Planurb), Rudel Trindade (Agência de Regulação de Serviços Públicos) e Cícero Ávila (Funsat). Oficialmente, Marta está pela cota do PSD e Rudel pela do DEM.