Só reforma da Previdência destrava verba federal para estados, diz Reinaldo
“Plano de socorro” para as unidades da federação está sendo discutido com governo Bolsonaro
Reivindicações de governadores para obter mais recursos federais só serão atendidas se a reforma da Previdência for aprovada. Durante agenda pública na manhã desta sexta-feira (5), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a comentar que o “plano de socorro” para as unidades da federação está sendo discutido com governo Bolsonaro, mas que “tudo depende” da revisão no sistema previdenciário.
“Depois da reforma, vamos conseguir destravar o novo pacto federativo, mudar a Lei Kandir, além de conseguir mais recursos do Pré-sal”, explicou Reinaldo que tem esteve pela última vez em Brasília (DF) na semana passada para reunião do Fórum dos Governadores.
O chefe do Executivo afirma ainda que o plano está sendo discutido direto com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Será um socorro aos estados com problemas financeiros, principalmente os que decretaram emergência, que não é o caso de Mato Grosso do Sul, mas também queremos a ampliação dos recursos federais”.
Na quarta-feira (3), Reinaldo esteve em São Paulo para encontro com o governador João Doria, também tucano. Um dos assuntos discutidos foi justamente um novo “pacto federativo”, já que atualmente a maior parte do “bolo tributário” fica com a União, restando uma pequena porcentagem para os estados e municípios.
O governador também defende que Mato Grosso do Sul tenha prioridade na divisão de recursos do fundo especial para o financiamento da segurança pública.
Outro pedido dos gestores é que o governo federal reveja a forma de financiamento da educação por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Hoje, a União custeia 10% dos gastos com a educação básica e os estados arcam com outros 90%. A intenção dos governadores é conseguir o aumento do percentual de repasses do governo federal.