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Política

Testemunha é localizada e diz que assassino de ex-prefeito usava capuz

Paulo Yafusso | 16/09/2015 19:40
Cortejo e enterro do corpo de Oscar Goldoni foi acompanhado por viatura da polícia (Foto: Leo Veras)
Cortejo e enterro do corpo de Oscar Goldoni foi acompanhado por viatura da polícia (Foto: Leo Veras)

A principal testemunha do assassinato do ex-deputado estadual e federal e ex-prefeito de Ponta Porã, Oscar Goldoni (PDT), foi localizado no final da tarde desta quarta-feira (16) e ouvido pela Polícia Civil. Mas o depoimento dele não ajudou no levantamento de pista sobre os pistoleiros. Segundo ele, assim que a caminhonete parou próximo ao carro da vítima um homem usando capuz desceu com um fuzil na mão e passou a atirar.

“Ele não teve condições de identificar os autores”, afirmou o delegado regional Clemir Vieira Júnior. Segundo ele, familiares de Goldoni também foram ouvidos logo após o enterro, ocorrido por volta das 14h30 no Cemitério Cristo Rei, em Ponta Porã. Mas os destalhes dos depoimentos não foram divulgados para não atrapalhar a investigação.

O funcionário que estava com Oscar Goldoni ocupava o banco do passageiro. Ele trabalha para a família a menos de um ano e está bastante assustado com o crime, por isso não havia sido localizado até o final da tarde. Uma equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), comandada pelo delegado Fábio Peró, ajuda na investigação.

Os policiais continuam tentando imagens de câmeras de segurança de empresas, órgãos públicos e casas, para tentar pistas sobre o carro usado pelos criminosos. Foi verificado também se os hospitais da região atendeu algum paciente baleado, pois Oscar Goldoni teria revidado e feito dez disparos com a pistola que portava.

A principal linha de investigação é o desacordo comercial entre Oscar Goldoni e os irmãos Fábio e Fabrício Moresco. Eles sofreram dois atentados em julho e agosto e no boletim de ocorrência os Moresco afirmaram que o mandante seria Goldoni. O ex-prefeito foi ouvido no procedimento e negou que tenha ligação com os crimes. A briga teria sido por conta da fábrica de refrigerante Vô Kiko, que Oscar Goldoni conseguiu retomar dos irmãos em ação na justiça.

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