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Política

Votação sobre alterações no Imposto de Renda é adiada na Câmara

Essa é a segunda vez que proposta que amplia isenção do IRPF para até R$ 2,5 mil é adiada

Nyelder Rodrigues | 17/08/2021 19:46
Maioria decidiu adiar para data ainda a ser definida, a votação do projeto que faz parte da reforma tributária. (Foto: Agência Câmara)
Maioria decidiu adiar para data ainda a ser definida, a votação do projeto que faz parte da reforma tributária. (Foto: Agência Câmara)

Mais uma vez, os deputados federais adiaram a análise do projeto de lei 2337/21, proposto pelo Executivo e que visa realizar mudanças no Imposto de Renda, como a cobrança de um novo tributo sobre lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a acionistas e redução do Imposto de Renda de empresas.

Parte do pacote da reforma tributária, o projeto ainda prevê o cancelamento de benefícios fiscais e amplia a faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) de R$ 1.903,98 para R$ 2.500 mensais, com correção de 31,3%.

Igual índice é usado para reajustar a parcela a deduzir por aposentados com 65 anos ou mais. As demais faixas terão reajuste entre 13,2% e 13,6%, enquanto as parcelas a deduzir aumentam de 16% a 31%. Deduções com dependentes e educação continuam no mesmo valor praticado atualmente, caso aprovado o projeto.

O texto foi retirado da pauta do plenário com o voto favorável de 390 deputados e 99 contrários. Entre os oito representantes sul-mato-grossenses, cinco foram com a maioria, como os tucanos Beto Pereira, Bia Cavassa e Rose Modesto.

Além deles, o petista Vander Loubet e o peesseelista Loester Carlos, o Tio Trutis, também acompanharam a maioria. Já os que votaram contra o adiamento são Fábio Trad (PSD), Dagoberto Nogueira (PDT) e Luiz Ovando (PSL).

Essa é a segunda vez que a votação é adiada – o projeto já estava na pauta da última quinta-feira (12). Quem pediu o novo adiamento, foi o líder da minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ). "Está atravancado este debate no plenário, por isso, faço um apelo. A gente pode avançar ainda sobre o texto".

O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defendeu a medida. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a falar que não haverá consenso sobre a reforma tributária, por se tratar de um tema muito complexo. Para ele, o ideal seria votar o texto principal hoje e deixar os destaques para depois.

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