Preço do tomate chegou a R$ 11 na Capital e quase virou "caso de Polícia"
O tomate nunca esteve tão caro como no ano de 2013. Imponente na sua cor, ele fez também “vermelhar” a vontade do brasileiro de acrescentá-lo nas saladas, pelo menos no período em que o quilo beirava aos R$ 11. A inflação foi tamanha que o produto estava mais caro aqui do que nos Estados Unidos e na Europa.
A justificativa dos produtores era de que o excesso de chuva em algumas regiões, aliado a estiagem e a redução do plantio em outras resultou no aumento dos preços, principalmente em março, abril e maio.
Neste último mês, no entanto, o aumento que chegou a 150% começou a ter descontos e, aos poucos, ele voltou a ser visto em restaurantes, lanchonetes e pizzarias.
De R$ 12 para R$ 10 o quilo, R$ 10 para R$ 7 e foi assim até chegar ao preço médio de R$ 3. Na ocasião, os consumidores acompanhavam diariamente os aumentos e até a inflação em outros produtos, como a batata, o arroz e o feijão.
Em Campo Grande, a “brincadeira” com o tomate quase virou caso de Polícia. É que diferente das gôndolas de diversos estabelecimentos comerciais, o jornalista Denilson Pinto se surpreendeu com o preço do quilo a R$ 1,98. Ele então decidiu registrar uma imagem, porém foi hostilizado por seguranças, uma funcionária e quase foi parar na delegacia.
Mas as postagens e fotos do produto “estrela” tem um “fundo de verdade”. O estado de Goiás, maior produtor de tomate do Brasil, com cultivo de 67 mil toneladas por ano, viu a caixa com 22 kg subir de R$ 40 para R$ 100. Em outros municípios, o aumento chegou a 220% e resultou em um recorde histórico apurado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP.
Altos preços? Para o início do próximo ano, especialistas dizem que é comum uma elevação no preço em todas as regiões produtoras. A estimativa é que no fim do período chuvoso a produção volte a ganhar força e os preços fiquem suscetíveis ao bolso do brasileiro. Quem viver, verá o “espetáculo” econômico.