Violência no trânsito é marcada pelo excesso de capotagens na Capital
Durante 2013 foram registrados vários acidentes de trânsito em Campo Grande, mas o que chamou atenção foi a quantidade de veículos que capotaram na cidade. Segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de janeiro até o mês passado foram 16 casos, contra 28 no ano passado. Apesar de o número oficial ser baixo, pelo menos uma vez por semana tem casos de capotagem na Capital.
Em novembro, duas mulheres ficaram feridas, na Vila Sobrinho. Um veículo Fiat Uno conduzido por Solange Cristina Greco, 43 anos, capotou após ser atingido por outro carro, um Corsa, conduzido por Gilmara Custódio de Almeida, 32. As duas foram encaminhadas para atendimento médico. No local do acidente, o cruzamento é bem sinalizado.
No começo de dezembro, Marli Bueno, 35 anos, ficou presa no carro e só foi retirada após o Corpo de Bombeiros quebrar o para-brisa e cortar o teto do carro. O veículo que ela conduzia, um Voyage capotou depois de ser atingido por um BMW X1. O acidente foi no cruzamento das ruas Arthur Jorge com Abrão Júlio Rahe, no Centro.
No dia 20 deste mês, uma motocicleta Honda Hornet 600 em alta velocidade colidiu com Fiat Siena e causou a capotagem do veículo no cruzamento da Rua Engenheiro Machado com a Rua Bérgamo, no Jardim Santa Emília, na saída para Sidrolândia. O piloto e o motorista ficaram feridos e foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande.
Segundo relato de testemunhas, o Siena, conduzido por Arcemil Brás de Souza, 56 anos, ia fazer a conversão na Rua Engenheiro Edno Machado, quando foi atingido pela motocicleta Hornet.
Na última segunda-feira (23), uma caminhonete Amarok capotou e foi parar dentro do córrego Prosa, na Via Parque, próximo ao Shopping Campo Grande. Os ocupantes do veículo, o motorista Marcelo Chemym Cury, 35 anos, e Aline Cardozo Saci, 32 anos, tiveram ferimentos leves e foram encaminhados para uma unidade de saúde.
Conforme o tenente-coronel do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito), Jonildo Theodoro de Oliveira, na maioria dos acidentes que resultam em capotagem, os veículos estão com velocidade incompatível para a via. “A principio a alta velocidade contribui tanto para o veículo tombar quanto para capotagem”, diz.
O tenente-coronel explica que em todos os casos são feitos o teste do etilômetro em acidentes com ou sem vítima. Se o condutor não quiser fazer, o policial pode elaborar um termo de constatação de embriaguez ao volante e encaminhá-lo para a Delegacia, onde só é liberado depois de pagar fiança.
Por conta disso, Jonildo ressalta que as blitze foram intensificadas diariamente e nos primeiros dias do ano vai se reunir com GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito) para discutir novas ações. Um delas será a instalação de novos redutores de velocidade em avenidas com alto índice de acidentes envolvendo a alta velocidade.