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Cidades

Agesul confirma demissão de engenheiros denunciados na Operação Lama Asfáltica

Decisão havia saído em maio de 2020, sendo ratificada em portarias publicas hoje

Silvia Frias | 07/07/2023 17:55
Engenheiro Wilson Roberto Mariano (camisa verde) ao sair da prisão, no dia 28 de maio de 2019. (Foto/Arquivo)
Engenheiro Wilson Roberto Mariano (camisa verde) ao sair da prisão, no dia 28 de maio de 2019. (Foto/Arquivo)

A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) confirmou a demissão dos engenheiros Wilson Roberto Mariano de Oliveira e Donizete Rodrigues da Silveira, lotados como fiscais de obras. Os dois são réus de ações da Operação Lama Asfáltica.

As portarias publicadas hoje no Diário Oficial do Estado ratificam a decisão publicada no dia 21 de maio de 2020, que aplicou a demissão com base na Lei Estadual 1.102/90, que trata sobre o estatuto dos funcionários públicos. Naquele período, a saída dos dois foi resultado de processo administrativo disciplinar.

As demissões são baseadas nos artigo 235, nos incisos VII e XII, que tratam da lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual e negligência ao cumprimento do dever.

No caso de Oliveira, conhecido como Beto Mariano, um mandado de segurança estava em vigor, impedindo a demissão. A reportagem entrou em contato com a defesa do engenheiro, que não quis se pronunciar.

Os engenheiros figuram em como réus em processos que tratam da Operação Lama Asfática, investigação da Polícia Federal.

No geral, as denúncias descrevem a existência de uma organização criminosa, composta por políticos, funcionários públicos e administradores de empresas, que agiram entre os anos de 2007 e 2014, voltada para o desvio de recursos estadual, federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Estadual).

Em abril de 2022, a 1ª Vara Criminal de Campo Grande absolveu Beto Mariano e outras cinco pessoas em um dos processos da operação, o que tratava de suposto desvio em obras de cascalhamento da MS-184, em Corumbá.

Além do engenheiro, foram absolvidos, por insuficiência de provas, o ex-deputado federal Edson Girotto; a ex-diretora-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa; fiscal de obras Luiz Mário Anache; o empresário Fernando Cremonesi Ferreira; e o engenheiro Maxwell Thomé Gomez.

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