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Cidades

Campo-grandense é apontado como responsável por plano de resgate do PCC

Devanir Lima Moreira é considerado foragido desde 2017 e seria responsável pelas ações da facção na Bolívia

Ana Paula Chuva | 23/08/2022 15:45
Devanir de Lima Moreira seria o encarregado pelo PCC, segundo a PF. (Foto: Reprodução)
Devanir de Lima Moreira seria o encarregado pelo PCC, segundo a PF. (Foto: Reprodução)

O campo-grandense, Devanir de Lima Moreira, 46 anos, o Deva, é apontado pela investigação a Polícia Federal e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) como responsável pelo plano de resgate do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. As informações são do jornalista Josmar Jozino.

Devanir é apontado ainda como responsável pelas ações da facção na Bolívia. Ele esteve com Marcola no presídio de segurança Máxima de Presidente Venceslau 2 em 2006, mas não é possível afirmar se houve convivência entre os dois internos.

Após se transferido em março deste ano do presídio Federal em Brasília para Porto Velho (RO), Marcola questionou um advogado no parlatório cobrando que o “Dr. Alexandre” viesse “o mais rápido possível” e para a PF, esse seria um código para referir a Deva. A mesma mensagem cifrada foi usada pelo líder da facção um mês depois durante conversa com a esposa Cynthhia Giglioli da Silva.

 "Eu tô pedindo faz três meses de um advogado que cuida da instância superior, o Dr. Alexandre, e ele não me dá nenhuma resposta sobre se o cara vai vir aqui me requisitar ou não, entendeu? (...). Se o cara vai vir ou não vai. Se não vai, fala logo que não vai. Que pelo menos eu contrato outra pessoa", disse Marcola.

A mensagem seria para que Devanir colocasse o plano de resgate em prática imediatamente, para a Polícia Federal.  Os recados eram repassados a Deva pela advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, de 41 anos,  presa em Três Lagoas, este ano,  na operação Anjos da Guarda

“Deva” – Devanir foi condenado a mais de 21 anos de prisão por formação de quadrilha e envolvimento em três roubos, o primeiro em 2002 a uma agência bancária em Ribas do Rio Pardo e outros dois em 2003, a joalherias em São José do Rio Preto.

Em 2009, Deva foi preso por policiais do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Robos a Bancos, Assaltos e Sequestros) em Campo Grande e beneficiado pelo regime semiaberto em 2015 após cumprir um sexto da pena e está foragido desde 2017.

No ano de 2006, ele estava na penitenciária em São Paulo, quando se envolveu em um movimento para “subverter a ordem e a indisciplina, desobediência, desrespeito e ameaça”. Dia 7 de novembro daquele ano, Devanir retirou um pedaço do ferro da estrutura do vaso sanitário e da cama, apontados como falta disciplinar grave no sistema prisional.

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