Ex-assessor de Marun é exonerado da coordenação da Funai na Capital
Henrique Dias, indígena da Aldeia Buriti, assume a função, conforme portaria publicada hoje no Diário Oficial da União; em abril de 2018, comunidade pediu saída de Paulo Rios
Publicada hoje no Diário Oficial da União a exoneração de Paulo Júnior do cargo comissionado de coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande. No lugar dele, assume Henrique Dias, nome que era reivindicado pela comunidade indígena.
A portaria com a exoneração de Rios e nomeação de Dias foi assinado pelo presidente da Funai, Franklimberg Ribeiro de Freitas.
Em abril de 2018, a Funai em Campo Grande foi alvo de protestos de indígenas da etnia Terena, que pediam a mudança de comando do órgão, subdividido em coordenações técnicas em Bonito, Corumbá, Miranda e Sidrolândia.
Na época, as lideranças das famílias de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti disseram que era difícil dialogar com Paulo Rios e, por isso, pediram a substituição por Henrique Dias, servidor de carreira e indígena da Aldeia Buriti. Ex-assessor de Carlos Marun (MDB), Paulo Rios Júnior assumiu o comando da Funai no dia 28 de setembro de 2017.
O trabalho na Funai em Campo Grande está com o “freio de mão puxado” desde a gestão de Michel Temer e, na mudança de governo, a coordenadoria aguardava pelas exonerações que viriam com a nomeação de Franklimberg Ribeiro.
No governo de Jair Bolsonaro, a Funai foi esvaziada, com os processos de demarcação de terras indígenas ao Mapa (Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento), sob o comando de Tereza Cristina (DEM-MS).
Em Mato Grosso do Sul, a Funai atende a segunda maior comunidade do País, 81,9 mil indígenas distribuídos em 30 municípios. A maior fica em Dourados, com 17,8 mil índios. O orçamento para 2019 é de R$ 175 milhões.