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Cidades

Mais da metade dos idosos aptos a tomar 3ª dose não buscaram vacina de reforço

Número total de imunizados há seis meses, até o momento, é baixo - cerca de 7,7 mil

Guilherme Correia | 30/08/2021 12:29
Idosa recebe terceira dose de vacina contra a covid-19. (Foto: Diogo Gonçalves/Prefeitura de Campo Grande)
Idosa recebe terceira dose de vacina contra a covid-19. (Foto: Diogo Gonçalves/Prefeitura de Campo Grande)

Líder no desempenho de imunização, Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a iniciar, de forma conjunta, a vacinação com terceira dose a idosos que receberam a segunda vacina há seis meses. Apesar disso, o cenário vivido, nos primeiros dias, é de boa oferta de vacinas a esse grupo, mas de pouca demanda, e, também, baixa adesão - cerca de 40% do público apto até esta terça-feira (30), recebeu o reforço.

Segundo levantamento feito pela reportagem, com base em dados do Ministério da Saúde, há 7.746 pessoas acima dos 70 anos em Mato Grosso do Sul, que receberam a segunda dose de imunizante até 1º de março, no período estipulado até hoje.

Inicialmente, foi liberada a terceira dose a idosos em instituições de longa permanência, conhecidas como asilos, pessoas de 80 anos ou mais, e indivíduos imunossuprimidos. Conforme apurado pelo Campo Grande News, a expectativa é de que seja liberada oficialmente à faixa etária acima dos 70 anos a partir de amanhã.

A pouca adesão acontece, até o momento, já que o Estado acumula 3.144 pessoas vacinadas com a terceira dose, conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), menos da metade do público vacinável. No domingo, em Campo Grande, foram apenas sete pessoas vacinadas com terceira dose, registradas pela prefeitura municipal.

Ainda assim, a oferta tem sido boa, já que, somente no último lote de imunizantes, que chegou ao Estado na semana passada, 37.440 vacinas eram da Pfizer, das quais 23.934 seriam empregadas como terceira dose para os grupos pré-definidos.

Público-alvo - A decisão em aplicar um reforço de imunizante se baseia em evidências científicas produzidas por pesquisadores de todo o mundo, que sugerem que, passados sete meses de vacinação, a imunidade de alguns indivíduos possuem tendência a reduzir.

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, defende essa tese e destaca que, o grupo mais afetado pela covid-19, atualmente, depois de quem não se vacinou, são os idosos, mesmo os que já receberam os antígenos. “Quem mais está morrendo são os que não se vacinam, cerca de 82%, e depois, os idosos que foram vacinados, que os estudos indicam que a imunidade decai a partir de determinada idade e tempo”.

Ele também ressalta que adolescentes, recentemente incluídos no cronograma, continuam aptos a receber vacinas, segundo normas do governo estadual.

Sobre as estratégias de distribuição de vacinas, a SES não respondeu questionamentos enviados no fim da manhã, via e-mail. Já a Sesau, responsável pela maior parte da população do Estado, afirma que a procura pelo público em geral está dentro do esperado pela pasta, e reforça que estão de acordo com as orientações estipuladas pelo Ministério da Saúde.

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