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Cidades

PF investiga apagão nacional que atingiu 17 municípios de Mato Grosso do Sul

Além de MS, parte do país ficou sem energia elétrica no dia 15 de agosto

Dayene Paz | 23/08/2023 09:05


Vista aérea de uma das substações da Energisa em Mato Grosso do Sul (Foto: Energisa/Divulgação)  
Vista aérea de uma das substações da Energisa em Mato Grosso do Sul (Foto: Energisa/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) instaurou inquérito para apurar as causas do apagão que deixou parte do Brasil sem energia elétrica no dia 15 de agosto. Em Mato Grosso do Sul, 99 mil endereços em 17 cidades ficaram sem luz por 27 minutos. O MME (Ministério de Minas e Energia) também apura as causas.

O inquérito foi instaurado nesta terça-feira (22) pela Polícia Federal. "A investigação, que corre em sigilo, apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública", informou a corporação em nota.

Segundo balanço, 99 mil endereços em 17 cidades ficaram sem luz por 27 minutos em Mato Grosso do Sul. O apagão registrado nacionalmente afetou o fornecimento entre as 7h30 e 7h57 no Estado, de acordo com a Energisa, empresa que detém a concessão para a distribuição de energia para 74 dos 79 municípios.

Na área atendida pela Energisa, ficaram se luz Corumbá, Bodoquena, Itaquiraí, Fátima do Sul, Vicentina e Laguna Caarapã. Coxim, Aparecida do Taboado, Miranda, Dourados, Caarapó, Jardim e Rio Brilhante foram afetadas parcialmente e em Eldorado, Ivinhema e Bonito, o desabastecimento aconteceu só na área rural.

A Elektro, que opera o sistema em Três Lagoas, informou apenas que, na cidade a 338 km de Campo Grande, o fornecimento de energia foi interrompido por aproximadamente 12 minutos no começo da manhã. A quantidade de endereços que sofreram com o desligamento não foi informado.

Por meio de nota, a Energisa esclareceu ainda que uma ocorrência no SIN (Sistema Interligado Nacional) comprometeu o fornecimento de luz em várias localidades do país e como medida de segurança, foi preciso interromper a transmissão de energia em várias regiões às 8h31, no horário de Brasília.

“O restabelecimento foi autorizado de forma gradativa pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), seguindo os protocolos técnicos e de segurança”.

A empresa explicou ainda que o desligamento das 99 mil unidades consumidores aconteceu de forma automática, ou seja, não foi por escolha da Energisa, assim como a religação precisou ser feita somente após autorização. “As distribuidoras precisaram aguardar as orientações do Operador para restabelecer o sistema de forma segura. As causas do problema ainda estão sendo apuradas pelo ONS”.

Balanço nacional - No Brasil, apagão atingiu municípios em 20 estados. Todos os Estados do Norte e Nordeste e também parte do Sudeste, Sul e Centro-Oeste foram afetados pela falta de luz.

O diagnóstico inicial do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) mostra que a perturbação ocorrida no dia 15 de agosto foi de grande porte, com origem na região Nordeste, envolvendo todos os estados atendidos pelo SIN, acarretando o corte de carga da ordem de 19.000 Megawatt (MW), o que corresponde a 27% da carga total do momento da perturbação.

Foi identificado que o problema se iniciou na Linha de Transmissão 500 kV Quixadá / Fortaleza II, da Eletrobras, no Ceará, que teve seu fluxo de energia interrompido. O ocorrido desencadeou uma série de ações que amplificaram os impactos a toda a sociedade brasileira.

Houve a atuação de esquemas regionais e proteções do sistema elétrico para contenção da perturbação. A conclusão da recomposição das cargas ocorreu às 9h05 na região Sul, às 9h33 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e às 14h49 nas regiões Norte e Nordeste.

Conforme noticiado pelo Campo Grande News, a instabilidade da rede elétrica atrapalhou serviços de emergência como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e durou até por volta das 21h de terça-feira, dia 15.

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