Ministério de Minas e Energia convoca comitê para apurar motivos do apagão
Mato Grosso do Sul foi um dos 25 Estados afetados pela queda de energia na última terça-feira (15)
O MME (Ministério de Minas e Energia) convocou reunião do CSME (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) para apurar os motivos do apagão da última terça-feira (15). A rede afetada está ligada ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Ao todo, 25 Estados e o Distrito Federal foram afetados, incluindo Mato Grosso do Sul.
O diagnóstico inicial do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) mostra que a perturbação ocorrida no dia 15 de agosto foi de grande porte, com origem na região Nordeste, envolvendo todos os estados atendidos pelo SIN, acarretando o corte de carga da ordem de 19.000 Megawatt (MW), o que corresponde a 27% da carga total do momento da perturbação.
Foi identificado que o problema se iniciou na Linha de Transmissão 500 kV Quixadá / Fortaleza II, da Eletrobras, no Ceará, que teve seu fluxo de energia interrompido. O ocorrido desencadeou uma série de ações que amplificaram os impactos a toda a sociedade brasileira. De acordo com a empresa, o problema já foi corrigido.
Houve a atuação de esquemas regionais e proteções do sistema elétrico para contenção da perturbação. A conclusão da recomposição das cargas ocorreu às 9h05 na região Sul, às 9h33 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e às 14h49 nas regiões Norte e Nordeste.
Conforme noticiado pelo Campo Grande News, a instabilidade da rede elétrica atrapalhou serviços de emergência como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e durou até por volta das 21h de terça-feira.
MS econômico - Mato Grosso do Sul foi um Estado menos atingido pelo apagão em relação ao 'epicentro' na Região Nordeste. Neste ano, o Estado gastou 6,5% a menos de energia que o mesmo período de 2022.
Com isso, Mato Grosso do Sul ficou com a maior queda na utilização de energia, seguido pelo Rio de Janeiro com 4%. Já as maiores altas se comparado aos mesmos períodos foram o Maranhão com 34% a mais, Amazonas com 10,7%; Ceará com 8% e Sergipe com 7,6%. Os dados são da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
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