“Pouco contribuiria”, diz secretário sobre 1% das doses de vacina russa para MS
Anvisa aprovou na sexta-feira uso da vacina russa, mas Estado contaria somente com 28 mil doses
A possibilidade de Mato Grosso do Sul receber 1% das doses da Sputinik, conforme decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pouco deve acrescentar na imunização da população contra a covid, segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, mas não significa que o Governo do Estado desistiu da compra.
A Anvisa aprovou na noite de sexta-feira (4) a importação em caráter excepcional quantidades específicas para distribuição e uso em condições controladas.
Mato Grosso do Sul integra o consórcio Brasil Central, interessado na compra das doses russas, mas durante a decisão a Anvisa determinou que sejam destinadas doses para vacinação de 1% da população de cada estado, o que corresponderia a cerca de 28 mil doses para Mato Grosso do Sul.
“Vamos esperar segunda-feira porque é uma decisão muito complexa. A possibilidade de 1% da vacina pouco contribuiria se levar em consideração a população geral. Significaria muito pouco para o processo que a gente quer, de retornar as atividades normais. Vamos ver o que a direção do consórcio vai fazer”, disse Geraldo.
O consórcio informou que se pronunciará sobre a negociação somente na segunda-feira.
Mato Grosso do Sul foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o uso da aplicação da vacina russa Sputinik V na população. Atualmente são aplicadas no Estado doses da Coronavac, Pfizer e Astrazeneca.
A plataforma “Vacinômetro” do governo do Estado aponta que foram aplicadas 899.973 doses da vacina, atingindo 32,03% da população. Destas, 374.510 receberam a segunda dose, representando 13,33% da população.