Sistemas do Ministério começam a ser restabelecidos, mas seguem instáveis
O boletim epidemiológico da covid-19 e várias outras informações médicas continuam indisponíveis
As plataformas e sistemas do Ministério da Saúde, pasta do governo federal, continuam inoperantes há 12 dias, após ataques hackers. Desde então, os estados brasileiros têm tido dificuldades na inserção de informações epidemiológicas e, em Mato Grosso do Sul, a divulgação de dados está comprometida desde então.
Nesta manhã, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) informa que alguns sistemas têm retornado mas ainda com instabilidade. Desta forma, a notificação tem sido improvisada a partir do registro manual em fichas, que, a partir de hoje, são digitalizadas no banco de dados nacional.
"Esclarecemos que estas atualizações feitas pelos municípios se referem ao represamento de informações, desde o incidente hacker, portanto, a partir de hoje, os dados serão atualizados gradativamente", diz a SES.
A pasta também explica que os municípios sul-mato-grossenses têm se empenhando no cadastramento, mas que outras plataformas seguem sem funcionamento. "Aguardamos manifestação do Ministério da Saúde quanto ao restabelecimento da conexão com estes bancos de dados federais, com os quais será possível retomarmos nossos boletins".
SUS - Ainda que a transparência de informações sanitárias do Brasil tenha sido comprometida, nos últimos dias, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de Campo Grande informa ao Campo Grande News que os procedimentos médicos não foram afetados. Confira nota encaminhada pelo município:
"Em Campo Grande todos os atendimentos estão acontecendo normalmente, não havendo a necessidade de cancelamento ou reagendamento. O sistema de regulação ambulatorial, que estava fora do ar, retornou nesta quinta-feira com algumas oscilações, mas hoje já opera com maior estabilidade. Não se percebeu a perda de nenhum dado e os pacientes que foram atendidos enquanto o sistema estava fora do ar, terão suas informações atualizadas neste momento.
Por se tratar de plataformas ministeriais, não cabe ao município estipular prazo para sanar completamente tais falhas."