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Cidades

Forte calor no Centro-Oeste e Sudeste ainda vão elevar consumo de energia

Diretor da ONS, Luiz Eduardo Barata, disse que as condições climáticas desfavoráveis vão continuar até 5 de fevereiro

Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil | 28/01/2019 16:28

As condições climáticas desfavoráveis que levaram o consumo de energia demandada ao Sistema Interligado Nacional (SIM) bater quatro recordes em menos de duas semanas devem continuar até começo do próximo mês. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, a falta de chuva e a forte onda de calor que atingem especialmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste estão acima das projeções iniciais feitas pelo órgão.

“Tivemos um bom período chuvoso em outubro, mas o quadro foi alterado na segunda quinzena de dezembro e tivemos um janeiro muito, muito seco. Eu diria que as condições difíceis, do ponto de vista climático, deverão permanecer pelo menos até o dia 5 de fevereiro. As previsões são piores do que em meados de dezembro, pois esperávamos um verão diferente."

As projeções para fevereiro são de incerteza, de acordo com o diretor-geral da |OMS. “Já voltou Belo Monte, já voltou Angra, as linhas de 500 KV já voltaram e estão apenas fora de operação o Polo 1 de Madeira - que não tem previsão de retorno - e o 'Polo 3, que deverá voltar na semana que vem. Então, as condições para esta semana são bem melhores do que as das duas semanas anteriores”, disse.

Ele destacou ainda que as previsões são de temperaturas mais baixas, “o que significa um consumo menor. Então, do ponto de vista do atendimento, não há problema, e nenhuma luz amarela será acessa". De acordo com Barata, o Comitê de Monitoramento continuará em alerta.

"Até o momento, não há nenhuma luz amarela acesa, mas é sempre bom lembrar que as condições do abastecimento necessitam de análise diária."

De acordo com o diretor-geral, se houver degeneração maior dos reservatórios, o Comitê de Monitoramento será alertado. Afirmou, no entanto, que o sistema respondeu bem nas duas últimas semanas. “Nós continuamos suprindo o país com energia e mantendo as condições de qualidade do sistema. Mas é difícil dizer [que o pior já passou] porque tudo pode acontecer.”

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