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Cidades

Após 14 dias, quarto preso da Lama Asfáltica ganha a liberdade

Ele foi solto por determinação do desembargador federal Paulo Fontes e dois dias após o empresário João Amorim, o ex-deputado federal Edson Giroto e Flávio Scrocchio deixarem a prisão

Anahi Zurutuza | 23/03/2018 12:34
Beto Mariano deixando o Centro de Triagem após passar dias presos, em junho de 2016 (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Beto Mariano deixando o Centro de Triagem após passar dias presos, em junho de 2016 (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Depois da passar 14 dias no Centro de Triagem Anísio Lima, Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, ganhou a liberdade. Ele foi solto no fim da tarde desta quinta-feira (23) por determinação do desembargador federal Paulo Fontes e dois dias após o empresário João Amorim, o ex-deputado federal Edson Giroto e Flávio Scrocchio deixarem a prisão.

Os primeiros habeas corpus foram julgados pela 5ª Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) na segunda-feira (19), 11 dias depois que os quatro alvos da Operação Fazendas de Lama, a 2ª fase da Lama Asfáltica, se entregaram a PF (Polícia Federal).

Além da soltura de Amorim, Giroto e Flávio, as prisões domiciliares de Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim), Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral e Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto também foram revogadas.

As decisões da 5ª turma de desembargadores não incluíam Beto Mariano e a filha dele Mariane Mariano, mas as defesas ingressaram com pedido para que o entendimento fosse estendido. Na tarde de ontem, Paulo Fontes concedeu os dois últimos habeas  corpus.

Trâmite judicial - Amorim, Giroto, Scrocchio e Mariano estavam em liberdade desde junho de 2016, quando foram alvos da Fazendas de Lama. Mas no dia 6 de março, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que os mesmos voltassem para a prisão.

No entendimento de Paulo Fontes, seguido pela maioria da 5ª Turma do TRF3, os acusados cumprem há mais de um ano e meio medidas cautelares alternativas “sem que tenha havido notícias de reiteração delituosa ou tentativa de fuga”.

A operação - A Lama Asfáltica investiga desvios de verbas em obras do governo estadual na gestão de Puccinelli. A Fazendas de Lama apurou a compra de propriedades rurais, em nome de laranjas, com o dinheiro supostamente desviado.

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