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Cidades

Caminhoneiros devem manter interdições mesmo com redução de 10% no diesel

Manifestante ainda se articulam diante do anúncio recente feito pela Petrobras, mas pelo menos por esta noite (23) os protestos continuam.

Adriano Fernandes | 23/05/2018 19:42
Fila de caminhões durante a manifestação, nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Fila de caminhões durante a manifestação, nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Os protestos por rodovias do Estado devem continuar durante esta noite (23), mesmo após o anúncio da redução de 10% no preço do Diesel, feito pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, há pouco. A redução equivale a R$ 0,2335 por litro.

A medida foi recebida com desconfiança pela categoria que desde segunda-feira (23), protestam contra a oscilação dos preços do combustível. “Pelo menos por enquanto vamos manter os protestos do jeito que estava, porque já estamos cheios de tantas promessas. A gente não pode esquecer que o Governo já prometeu essas reduções em situações anteriores e não cumpriu”, comentou o presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros do Estado), Osni Bellinati.

Mesmo consenso da Cootrapan (Cooperativa dos Transportadores do Estado do Pantanal) que ainda durante esta noite (23), deve articular as ações dos manifestantes pelos próximos dias.
“O anúncio ainda é muito recente, então vamos nos inteirar sobre essa redução e, no momento, vamos manter a paralisação”, comentou o presidente da entidade, Valcir Francisco da Silva.

Com a redução percentual o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias e terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro, a partir de amanhã. O preço, no entanto, será mantido por período de 15 dias. “É uma redução significativa e os movimentos podem até interromper a paralisação, mas se nesses 15 dias não haver uma resolução definitiva nos valores, as manifestação irão retornar”, opinou Cláudio Cavol, presidente da Setlog MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul).

Para Cavol, a medida tomada em regime de urgência diante dos protestos, ainda não condiz com os reais preços que o combustível deveria custar no país. “Os preços da gasolina, do diesel, no pais esta entorno de 20% mais caro que outros países latinos. A sociedade precisa de esclarecimentos de o porque nossos imposto são tão altos, até porque a medida anunciada não condiz com que as categorias (tranporatadores, autônomos, etc) esperam”, conclui.

Interdições parciais

No momento, 14 pontos da BR-163 no Estado, estão em operação pare e siga por conta das manifestações. Alguns deles, segundo a CCR MS-Via, são no km 39 – em Eldorado; km 117 - região de Naviraí; km 206 - região de Caarapó; km 256 e 266 – em Dourados; km 323 - região de Rio Brilhante; km 462 e 477 - região de Campo Grande; km 550 - região de Bandeirantes; km 614 e 618 – em São Gabriel do Oeste e no km 678 - região de Rio Verde de Mato Grosso. Para veículos de passeio o tráfego é livre.

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