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Capital

Acusado de matar a esposa é expulso da Aeronáutica e deixará cela da Base Aérea

Juiz determinou que Tamerson vá para presídio comum, mas defesa pediu cela especial

Clayton Neves | 08/07/2022 16:17
Momento em que Tamerson deixou a Deam e foi levado para prisão na Base Aérea, no dia 7 de fevereiro. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Momento em que Tamerson deixou a Deam e foi levado para prisão na Base Aérea, no dia 7 de fevereiro. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Acusado de matar e abandonar o corpo da esposa em uma rodovia, Tamerson Ribeiro Lima de Souza foi excluído da aeronáutica após tramitação de processo administrativo interno. O ex-militar está preso na Base Aérea de Campo Grande em razão da função que exercia, no entanto, com a decisão terá de ser transferido para um presídio comum.

A exclusão de Tamerson foi comunicada à Justiça pelo brigadeiro Cláudio Rossetto, comandante da Base Aérea da Capital. Em ofício, o Comando afirma que o acusado “foi excluído das fileiras da Força Aérea Brasileira após regular processo administrativo do Conselho de Disciplina, perdendo, por consequência, o direito de responder pelo processo na unidade miitar”, diz.

Com isso, na segunda-feira (6) o juiz Aluizio Pereira dos Santos determinou que Tamerson seja transferido “com urgência” para um dos presídios da cidade.

Com isso, a defesa do ex-militar pediu à Justiça que ele seja transferido para uma cela especial do Presídio Militar. Justificou no requerimento ser medida de “alto risco” levá-lo a um “presídio qualquer”.

“É notório que se um policial ou militar for preso e colocado num presídio comum, a sua vida e a sua integridade física correm perigo real. O presídio comum pode ser a “pena de morte” para alguns policiais ou militares, caso o local seja dominado por alguma organização criminosa”, pontuou.

A definição do local onde Tamerson ficará ainda será decidida pela Justiça.

O caso - O corpo de Natalin foi encontrado na margem da BR-060, na saída para Sidrolândia, na tarde de 6 de fevereiro, mas a investigação aponta que a jovem foi morta em casa. Tamerson alegou ter sido agredido pela esposa, que chegou embriagada e sob efeito de drogas. Para se defender, tentou segurá-la aplicando um golpe mata-leão e ela desmaiou.

Ele disse que a intenção não era matar e que tentou acordá-la, no entanto, percebeu que estava morta. Com medo de ser preso, Tamerson colocou o corpo no porta-malas do veículo e no outro dia, levou a filha para a escola com o corpo dentro do carro. Ele deixou a menina e depois seguiu para a rodovia e jogou o cadáver em meio a um matagal.

Em seguida, o militar foi até a Base Aérea e chegou a se encontrar com uma garota de programa para "desabafar", segundo ele.

Quando a polícia chegou à casa do casal e o questionou sobre Natalin, o militar disse que a esposa havia ido embora. Também tentou despistar as amigas, respondendo as mensagens no celular se passando por Natalin. Tamerson chegou a dizer para a filha, antes de o corpo ser localizado, que a mãe passou mal e morreu no hospital.

O sargento foi preso no dia 7 de fevereiro. Na Justiça, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, asfixia e feminicídio, além da ocultação de cadáver.

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