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Capital

Acusados de furtar apartamento do ex-governador são soltos

Davi Morais e Ítalo Alexandre foram presos em junho, quando vendiam itens em relojoaria de São Paulo

Por Silvia Frias | 03/01/2025 10:24
Ítalo Alexandre e Davi Morais foram presos dois dias depois do crime (Foto/Reprodução)
Ítalo Alexandre e Davi Morais foram presos dois dias depois do crime (Foto/Reprodução)

Dois homens acusados de furtar relógios e joias do apartamento do ex-governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), foram colocados em liberdade após decisões em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Agora, respondem em liberdade pelos crimes, seis meses depois da prisão em flagrante, quando vendiam os itens em São Paulo. O terceiro réu foi liberado em setembro.

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Dois homens presos em flagrante seis meses antes por furtarem relógios, joias e R$ 30 mil do apartamento do ex-governador Reinaldo Azambuja, em Mato Grosso do Sul, foram liberados após decisões judiciais em MS e São Paulo. As prisões preventivas foram substituídas por medidas restritivas, como a proibição de mudança de residência sem autorização judicial e comparecimento obrigatório a todos os atos processuais. Um terceiro envolvido também foi liberado anteriormente. Os bens furtados foram recuperados e devolvidos ao ex-governador.

As prisões preventivas de Davi Morais Saldana e Ítalo Alexandre Franca Silvestre foram substituídas por medidas restritivas, conforme despacho da 1ª Vara Criminal Residual. Os réus não podem mudar de residência sem prévia comunicação judicial, ou se ausentar da comarca por mais de oito dias, autorização e devem comparecer a todos os andamentos do processo.

O despacho é do dia 13 de dezembro, mas, segundo o advogado Anderson Luiz Ferreira Buzo, que representou os réus, a liberdade somente foi confirmada no dia 19, depois de despacho semelhante concedido pela Justiça de São Paulo. Isso é decorrente do fato dos dois terem sido presos naquele estado, tendo gerado processo por formação de quadrilha, já que estavam vendendo o produto do furto.

O advogado explica que a acusação foi transferida para o processo da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, por relação.

Os dois estavam presos na Gameleira I, a Supermáxima, em Campo Grande e, retornaram para São Paulo.

O furto aconteceu no dia 8 de junho do ano passado, no apartamento localizado no Centro. Reinaldo estava em Maracaju para participar das comemorações dos 100 anos do município.

Relógios, corrente e bracelete recuperados pela Polícia Civil após furto no apartamento de Reinaldo (Foto/Reprodução)
Relógios, corrente e bracelete recuperados pela Polícia Civil após furto no apartamento de Reinaldo (Foto/Reprodução)

O apartamento foi alvo de ladrões especialistas em furtar condomínios de alto padrão. Eles entram nos prédios como se fossem moradores ou visitantes, acessam o andar mais alto e vão descendo, até encontrar algum imóvel vazio, que possam arrombar.

No caso específico, os ladrões arrombavam a porta dos fundos do apartamento, além de armários e gavetas com chave de fenda.

Na lista de bens furtados constam um relógio marca Bulova; um relógio Baume e Merzier; quatro medalhas de homenagem (da Câmara dos Deputados, da FAB, de Mérito Legislativo, e da República do Paraguai, no grau de comendador); caneta da marca H. Stern; par de brincos redondo, grande, de ouro branco e com uma pedra azul, um anel de brilhante branco, par de brincos de brilhante de folha, um anel de ouro branco e amarelo, de brilhantes, par de brincos com pedra de brilhante, uma aliança de brilhante grande, um jogo de pulseira e anel de brilhante, um relógio de ouro branco e amarelo, colares de pérola grandes e curtos, dois anéis de ouro amarelo, uma pulseira de ouro amarelo e uma corrente, um conjunto de corrente e pulseira grossa, um anel tipo chaveiro de brilhante, alguns colares de pérola grande e curtos, bem como bijuterias e a quantia em dinheiro de R$ 30 mil.

Prisões - O furto foi descoberto no dia seguinte, um domingo, quando o ex-governador voltou de viagem.

A investigação da Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) apurou que os ladrões estariam em São Paulo, com carro alugado e pediram apoio àquele estado.

No dia 10, o carro usado por eles foi encontrado e três homens foram detidos na região da Sé, no Centro de São Paulo: Davi, Ítalo e Antônio Matheus de Souza Silva.

Com Ítalo Alexandre e Davi, os policiais recuperaram os dois relógios, das marcas Bulova e Tag, corrente com pingente de Nossa Senhora e o bracelete. No carro usado por eles, foi apreendida sacola de supermercado com R$ 67 mil, do lucro da venda dos objetos furtados.

Em depoimento à polícia, Davi Saldana confessou o crime. Disse que estava em liberdade desde agosto de 2023, mas por ser ex-presidiário não conseguia emprego. Por isso, aceitou a empreitada em Campo Grande, sob o comando de mentor identificado como Bully ou Juan, detido no Rio de Janeiro.

Em outubro, decisão judicial já determinou que os bens fossem devolvidos ao ex-governador, assim como o dinheiro angariado com o furto.

O terceiro réu, Antônio Matheus de Souza Silva, também responde pelo crime. Ele foi liberado no dia 23 de setembro de 2024, depois de investigação paralela da família, que apresentou provas de que ele não estava em Campo Grande no dia do furto e somente foi preso em São Paulo por estar de carona, no banco de trás. A defesa alega que ele é inocente e não tem qualquer participação no crime.

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