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Capital

Advogada do “Faraó dos Bitcoins” também foi alvo de ação contra Cabeça Branca

Empresas de Eliane foram "visitadas" pela PF em duas operações diferentes no mesmo dia

Aline dos Santos e Bruna Marques | 11/02/2022 11:53
Polícia Federal foi a edifício empresarial na Avenida Afonso Pena. (Foto: Bruna Marques)
Polícia Federal foi a edifício empresarial na Avenida Afonso Pena. (Foto: Bruna Marques)

Presa na operação contra esquema do “Faraó dos Bitcoins”, a advogada Eliane Medeiros de Lima também foi alvo da PF (Polícia Federal) em ação contra o narcotraficante Cabeça Branca. Detalhe: as duas operações foram no mesmo dia, 3 de fevereiro.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de São Paulo, a Emeli Consultoria, que pertence à Eliane, aparece como destinatária de cerca de R$ 11 milhões de empresas investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro para narcotraficantes, incluindo, Cabeça Branca.   O repasse foi entre maio e julho de 2020. Desta forma, ela foi alvo da operação Fluxo Capital, liderada pela Polícia Federal do Paraná.

Conforme consulta à Receita Federal, a Emeli Consultoria e Tecnologia da Informação Ltda fica localizada no Centro Empresarial Afonso Pena, em Campo Grande. O edifício foi um dos locais “visitados” por equipe da PF na manhã do último dia 3.  A reportagem esteve no prédio nesta sexta-feira e recebeu a informação de que a sala é um escritório compartilhado e que não havia ninguém no local.

O objetivo da operação contra Luiz Carlo da Rocha, o Cabeça Branca, foi desarticular organização criminosa responsável pela lavagem de dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de laranjas, empresa de fachadas e contadores.

Advogada foi alvo de duas operações da PF: contra "Faraó dos Bitcoins" e Cabeça Branca. (Foto: Reprodução)
Advogada foi alvo de duas operações da PF: contra "Faraó dos Bitcoins" e Cabeça Branca. (Foto: Reprodução)

Detalhes da investigação da operação Kryptos, em que a Polícia Federal mirou Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, mostra a evolução financeira da advogada e de sua outra empresa, a GLA Serviços de Tecnologia Ltda, localizada no Bairro Santa Fé, em Campo Grande.

Conforme relatório, a movimentação da advogada saltou de R$ 793 mil em 2017 para R$ 1,9 milhão no ano de 2020. O documento da PF também traz dados sobre a GLA. A empresa saiu de créditos de R$ 10.281 em 2018 para R$ 444 milhões em 2020.

A ligação entre Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, e Mato Grosso do Sul foi traçada por meio de empresas, seguindo o rastro do dinheiro. Ele é acusado de comandar um esquema de fraudes bilionárias a partir de sistema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. Pelo menos R$ 38,2 bilhões foram movimentados entre os anos de 2015 e 2021 no Brasil e no exterior.

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