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Capital

Auditoria Militar julga no dia 20 oficial da PM preso na Máfia do Cigarro

O Ministério Público traça um cenário de ostentação para o policial que comandava a PM em Jardim

Aline dos Santos | 11/09/2018 08:37
Admilson (de óculos de sol) foi preso em 16 de maio em operação do Gaeco. (Foto: Fernando Antunes/Arquivos)
Admilson (de óculos de sol) foi preso em 16 de maio em operação do Gaeco. (Foto: Fernando Antunes/Arquivos)

A Auditoria Militar marcou para o próximo dia 20 o julgamento do tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa. O processo por organização criminosa, movido pelo Ministério Público Militar, está sob sigilo, mas a data foi divulgada no Diário da Justiça. A reportagem apurou que é uma ação conexa à operação Oiketicus, que denunciou 28 policiais militares por participação na Máfia do Cigarro.

O padrão de vida do policial chamou a atenção dos investigadores. O MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) traça um cenário de ostentação para o oficial que comandava a PM em Jardim.

Entre 2015 e 2018, são relacionadas viagens (R$ 8 mil por duas noites no Hotel Pestana Rio Atlântica Copacabana, no Rio de Janeiro), compras na Prada Brasil, banheira de R$ 28 mil e whisky de R$ 1.490.

De janeiro de 2018, a investigação pinçou uma excursão de Admilson, com uma motocicleta BMW, por Bolivia, Panamá, Colômbia, Honduras, México e Estados Unidos. Os gastos previstos por integrantes do grupo era de R$ 10 mil. A moto teve custo de R$ 78.209,99.

“A título de ilustração da vida à revelia da compatibilidade de seus vencimentos, válido citar um caso em que fotos tiradas pelo próprio denunciado Admilson se constata ostentação com a compra de uma garrafa whisky Royal Salute, em restaurante Ocean Blue, que somado ao encargos e a compra de água, atingiu o montante de R$ 1.701,78”. A bebida alcoólica teve custo de R$ 1.490. A conta foi dividida por duas pessoas.

O oficial está preso desde 16 de maio, quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP/MS, e a Corregedoria da PM (Polícia Militar) deflagraram a primeira fase da Oiketicus.

O nome é alusivo a inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”. O advogado Ivan Lacerda, que atua na defesa do oficial, informa que o processo está sob sigilo e não pode se manifestar.

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