Campo Grande pede 347 mil vacinas em três lotes a partir de janeiro
Pedido foi enviado para o Instituto Butantan e prevê chegada das doses entre janeiro e março
Uma proposta de compra de 347.817 doses de vacina contra a covid-19 foi enviada pela prefeitura de Campo Grande para o Instituto Butantan, em São Paulo (SP), parceira do laboratório chinês que elabora o imunizante CoronaVac. Tudo seria dividido em três lotes, divididos entre os meses de janeiro, fevereiro e março.
Conforme cronograma publicado pela prefeitura, seriam 121.736 doses já no primeiro mês de 2021, seguido de outras 104.345 em fevereiro e novamente 121.736 doses em março. No mesmo texto, o Executivo frisa que o protocolo de compra e aplicação poderá ser modificado a qualquer momento, havendo consentimento de ambas as partes.
As regras para tal aplicação devem ser decididas em conjunto, sendo a todo o trabalho de imunização da população e insumos envolvidos no processo devem ficar sob responsabilidade da prefeitura. A justificativa apresentada ao instituto é que os cuidados com a população são necessários para restabelecer a economia.
Em paralelo a essa ação, a prefeitura também frisa manter contato com o Ministério da Saúde para que Campo Grande seja inclusa no Plano Nacional de Imunizações. Idosos e profissionais que atuam na linha de frente do combate à covid-19 devem ter preferência na fila de imunização, sinalizou recentemente o prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Marquinhos já havia anunciado a intenção de comprar doses - mas na época falou em 200 mil doses - do Butantan para imunizar a população campo-grandense, independente de posicionamentos políticos. Como o Butantan é ligado ao Governo de São Paulo, o governador paulista João Doria (PSDB) está indiretamente envolvido.
"Indepedente de Bolsonaro, Doria, Reinaldo, já entrei em contato com o governo de São Paulo e disse que tenho interesse", afirmou o prefeito, que completa. "Se o Doria falar, 'disponibilizo', eu compro".
Já o governador sul-mato-grossense Reinaldo Azambuja (PSDB) frisa que o Estado deve precisar inicialmente de 700 mil doses para vacinar inicialmente os grupos prioritários - idosos acima de 70 anos, indígenas e profissionais de saúde e profissionais de educação. Atualmente há R$ 100 milhões para a compra das vacinas.