Casas em favelas terão garantia de 20 anos e custo de R$ 9 milhões
Engenheiros ficarão responsáveis por 20 anos após habitações serem concluídas, garante Marquinhos
A Prefeitura de Campo Grande segue planejando junto ao Governo do Estado a construção de casas para os moradores da antiga favela Cidade de Deus. De acordo com o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), os engenheiros responsáveis pelas construções estão sendo definidos e a previsão de gastos com novas habitações está em torno de R$ 9 milhões.
Conforme Marquinhos, essa etapa é importante porque os engenheiros ficarão responsáveis pela qualidade das construções pelo prazo de 20 anos. “Estamos na fase de ver a RT (Responsabilidade técnica), conversando com os engenheiros que irão assumir o projeto e fazer avaliação do que já foi feito nos locais onde as famílias foram levadas”.
Os moradores removidos da antiga favela Cidade de Deus foram transferidos para loteamentos onde seriam construídas casas de alvenaria, com telha e acabamento. Porém, a realidade encontrada foi bem diferente, com casas incompletas e sem condições de serem habitadas, se tornando assim novas favelas.
O prefeito, desta vez, garante que serão construídas casas “dignas”, com qualidade superior das que foram prometidas e entregues na gestão anterior. “Esse momento de avaliação é muito importante para serem feitas casas dignas. Serão casas diferentes das entregues atualmente, com materiais de primeira qualidade”.
Ainda não há prazo para que as novas moradias sejam construídas, segundo o chefe do Executivo municipal. Além disso, diz que dificilmente terá como recuperar o que já foi investido pela gestão passada, e que prevê gastos no patamar de R$ 9 milhões na nova empreitada.
Marquinhos também acenou com a possibilidade de usar como mão de obra trabalhadores desempregados que moram nos locais, por meio do Proinc (Programa de inclusão profissional), projeto da prefeitura de inclusão de profissionais de baixa renda que estão sem emprego e em situação de vulnerabilidade social.
Reuniões entre representantes da Emha (Agência Municipal de Habitação Popular) e Agehab (Agência Estadual de Habitação) acontecem para definir como será a parceria entre Estado e município, e as contrapartidas de cada um.
“Eles vão se reunir e definir como o governo vai ajudar, como, por exemplo, na compra de material, mas ainda vamos achar uma equação. Mesmo nessa época de crise, existe boa vontade, para dar uma moradia digna para essas pessoas”, declarou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que esteve acompanho do prefeito, em agenda pública na manhã desta quarta-feira (05).
Cidade de Deus - Em março de 2016, quando a favela foi dissolvida, parte das famílias foi para área nos bairros Bom Retiro, Pedro Teruel II, Jardim Canguru e Vespasiano Martins.
A ideia seria que eles deixassem seus barracos para ocuparem loteamentos onde seriam construídas casas de alvenaria, com telha e acabamento. No fim do ano, porém, o que se via eram obras inconclusas e famílias descontentes.