Com 48 anos de condenação, "Pedreiro Assassino" encara 4º júri em Campo Grande
Pedreiro senta mais uma vez no banco dos réus pelo homicídio de Claudionor Longo Xavier, 47 anos
Depois de passar por três julgamentos, acumulando pena de 48 anos de prisão, Cléber de Souza Carvalho, o "Pedreiro Assassino", encara mais uma vez o corpo de jurados. Desta vez, pelo assassinato de Claudionor Longo Xavier, de 47 anos, que ficou um ano desaparecido até o corpo ser encontrado.
O serial killer foi denunciado por sete homicídios em Campo Grande. O júri desta terça-feira (8) é presidido pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.
Claudionor desapareceu em abril de 2019. Ele foi visto pela última vez no dia 16, quando saiu da casa em que morava, na Vila Carvalho, em uma motocicleta Yamaha XTZ 150 branca. A família fez buscas, mas depois de tantos meses de desaparecimento, assim que soube da notícia de que a polícia localizou vítimas do pedreiro, já desconfiou que ele teria sido morto por Cléber. Na época, Claudionor trabalhou em uma obra com o pedreiro.
Ao ser descoberto pela polícia, que já investigava os outros assassinatos, Cléber confessou que matou Claudionor, afirmando que enterrou o corpo no mesmo imóvel no qual foi achado o cadáver de José Jesus de Souza, 45 anos, no Bairro Sírio Libanês. Admitiu também ter vendido a motocicleta de Claudionor na internet.
O pedreiro alegou ter conhecido o homem como caseiro de chácara onde prestava serviços, quando fizeram juntos investimento em imóvel e acabaram brigando.
Motivação que não muda para os outros seis homicídios, de José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos, Timótio Pontes Roman, de 62, José Jesus de Souza, 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, 50, Hélio Taíra, 74, e Flávio Pereira Cece, de 34 anos. Cléber sempre agia pensando em ficar com algo das vítimas, sejam imóveis ou veículos.
Das sete vítimas citadas acima, o pedreiro já foi condenado por três assassinatos, sendo a 15 anos de prisão no primeiro júri pela morte de Roberto Geraldo e 18 anos no segundo júri, pela morte de Timóteo Pontes. No terceiro julgamento, foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver do próprio primo, Flávio Pereira.
Prisão - O pedreiro foi preso em 2020, após a polícia descobrir série de homicídios em Campo Grande. Ele é acusado de matar e enterrar suas vítimas. Na época, Cléber confessou os assassinatos, apontando onde teria enterrado as vítimas. Foram feitas escavações, sob investigação da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio), sendo que sete vítimas foram encontradas.
Cléber também confessou os crimes durante os três julgamentos que passou, sempre alegando legítima defesa, afirmando que é uma pessoa boa.