No 1º júri do ano, "Pedreiro Assassino" é levado ao banco dos réus na Capital
Cléber de Souza Carvalho será julgado por matar Roberto Geraldo Clariano e enterrá-lo em uma cova
Começou há pouco, o 1º julgamento de Cléber de Souza Carvalho, o pedreiro que ficou conhecido após confessar de ter matado sete pessoas, em caso que chocou a cidade em 2020. Este também é o 1º júri do ano, abrindo os trabalhos do Judiciário em Campo Grande.
Hoje, o "Pedreiro Assassino" está sendo julgado pela morte de Roberto Geraldo Clariano, conhecido como "Cenoura", assassinado aos 50 anos. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de junho de 2018 e o corpo foi encontrado no dia 15 de maio de 2020, em uma cova às margens da Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Santo Amaro.
O julgamento está sendo realizado no Fórum de Campo Grande, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida. O corpo de jurados foi sorteado e será composto por 4 mulheres e 3 homens.
Na plateia, apenas a imprensa foi autorizada a entrar. Não há presença de parentes da vítima ou do réu no local. A defesa está sendo feita por três advogados: Dhyego Fernandes Alonso, Pedro Paulo Sperb e José Vinícius Teixeira de Andrade. A acusação, sob responsabilidade do promotor de Justiça José Arturo Iunes Bobadilla Garcia.
Cléber Carvalho está preso desde o dia 15 de maio de 2020, após a investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que descobriu o envolvimento dele na morte de José Leonel dos Santos, 62 anos, em maio daquele ano.
A vítima foi encontrada enterrada no quintal da própria casa, na Vila Nasser, no dia 7 de maio do ano passado. Em audiência sobre o caso realizada no começo de novembro, Cleber confessou ter assassinado o idoso e se mudado para residência dele com a família.
A partir desse caso, a Polícia Civil descobriu mais seis homicídios, todos cometidos com violência. Durante os interrogatórios, o pedreiro confessou detalhes, demonstrando frieza.
O crime - Cleber Carvalho contou à polícia que na época do crime, ele e Roberto Clariano limpavam o terreno para invadir, quando começaram a brigar. Ele, então, golpeou Roberto na cabeça utilizando a picareta. Lá mesmo, o corpo dele foi enterrado em cova de aproximadamente 40 centímetros. Roberto não tinha família em Campo Grande e foi a namorada quem registrou o desaparecimento dele.