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Capital

No 1º julgamento, "Pedreiro Assassino" é condenado a 15 anos de prisão

Cléber de Souza Carvalho, acusado de matar 7 pessoas, foi condenado por morte ocorrida em 2018

Silvia Frias e Mirian Machado | 01/02/2022 16:22
Juiz Carlos Alberto Garcete lê a sentença condenatória ao réu. (Foto: Mirian Machado)
Juiz Carlos Alberto Garcete lê a sentença condenatória ao réu. (Foto: Mirian Machado)

O pedreiro Cléber de Souza Carvalho, 45 anos, foi condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado por homicídio qualificado cometido contra o mascate Roberto Geraldo Clariano, o “Cenoura”, morto a golpes de espécie de picareta. O corpo de jurados foi unânime em considerá-lo culpado.

A sentença foi lida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri. O "Pedreiro Assassino" foi condenado por homicídio qualificado por motivação fútil (12 anos) e recurso que dificultou a defesa da vítima (3 anos), mais 1 ano de pena por ocultação de cadáver. Por ele ter confessado, o juiz reduziu 1 ano da pena, finalizando em 15 anos de prisão, em regime fechado.

Este foi o 1º júri realizado em Campo Grande e o 1º julgamento do “Pedreiro Assassino”, que ainda deve passar por outros seis júris. Carvalho havia confessado o crime, alegando que matou o amigo por desavença na divisão de lote invadido e por achar que seria morto por ele. “Foi legítima defesa”.

Cleber, em 2020, mostrando onde enterrou vítima. (Foto: Arquivo)
Cleber, em 2020, mostrando onde enterrou vítima. (Foto: Arquivo)

O pedreiro contou que “Cenoura” era mascate [vendedor] conhecido do bairro onde morava e que bebiam “uma cervejinha juntos” no fim de semana. Segundo o réu, foi convidado a invadir terreno e, depois, ajudou a limpar a área, mas depois, soube que o amigo havia vendido, sem consultá-lo.

Apesar dessa desavença, os dois voltaram a entrar em acordo para invadir outro terreno. Cléber Carvalho disse que os dois limpariam terreno e “Cenoura” iria entrar com material para a obra.

Na limpeza do terreno, o pedreiro acabou se irritando, pois o mascate reivindicava a melhor área para construir sua parte. Ao passar pelo carro em que os dois tinham ido ao local, Carvalho viu a foice e achou que poderia ser atacado e resolveu revidar. “Foi legítima defesa”.


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