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Capital

Com indenização de R$ 245 mil, morador revoltado deve dar sossego à vizinhança

A reportagem acompanha o caso desde março, quando os protestos de José passaram a incomodar os vizinhos

Lucia Morel e Gustavo Bonotto | 07/09/2023 18:05
José Fernandes da Silva, 52 anos, cobra pagamento da Prefeitura de Campo Grande pela desapropriação de terrenos dele (Foto: Alex Machado)
José Fernandes da Silva, 52 anos, cobra pagamento da Prefeitura de Campo Grande pela desapropriação de terrenos dele (Foto: Alex Machado)

Com R$ 245.732,76 nas mãos, o vendedor José Fernandes da Silva, de 52 anos, parece mesmo que sossegou e não vai mais causar alvoroço na esquina de sua casa, situada na Rua Planalto, no Bairro Jardim Paulista. Ele recebeu esse valor como indenização da Prefeitura de Campo Grande por desapropriação de terrenos dele em 2009, para as obras do PAC Cabaças. O valor inicial, definido em 2009, era de R$ 106 mil, mas foi atualizado.

O pagamento foi feito e registrado em ação judicial no dia 27 de julho deste ano. No processo, não há questionamento referente a qualquer erro nesse valor, apesar de em entrevistas e durante os vários protestos que fez para que recebesse a indenização, afirmar que a desapropriação valeria pouco mais de R$ 1 milhão.

O Campo Grande News acompanha o caso desde março, quando os protestos de José passaram a incomodar demais a vizinhança, atrapalhar o trânsito e ser alvo de diversas notificações e multas por parte do poder público.

Em julho, dias antes de o pagamento ser realizado, ele “surtou” mais uma vez e jogou móveis sobre as pessoas e carros que passavam pela rua.

José Fernandes da Silva protesta contra a prefeitura ao lado da esposa, na sacada da casa onde mora (Foto: Paulo Francis)
José Fernandes da Silva protesta contra a prefeitura ao lado da esposa, na sacada da casa onde mora (Foto: Paulo Francis)

Gritando frases como “eu vou tacar fogo na casa, aí eu quero ver”, “cadê meu dinheiro?” e “a prefeitura roubou meu dinheiro”, o homem jogou cadeiras de madeira, lixo e placas de vidro na rua. No local, havia duas caçambas da prefeitura para limpar a bagunça.

Na semana passada, o vendedor voltou às manchetes ao anunciar a venda da residência por R$ 1,5 milhão. Conforme apurou a reportagem, José deve se mudar da Capital.

Desde março, ele nunca mais deu entrevistas ou falou com a imprensa, que passou a ser tratada com certa agressividade. A reportagem tentou contato com o advogado de José, Iuri Teles, mas não houve retorno até o fechamento da matéria.

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