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Capital

Com liberdade autorizada pela Justiça, 'Coreia' ainda não foi solto

Um mês após crime, Justiça mandou soltar 'Coreia' na tarde desta terça-feira (31)

Luana Rodrigues e Amanda Bogo | 31/01/2017 18:38
Ricardo Hyun Su Moon dentro de viatura, no dia do crime. (Foto: Simão Nogueira/ Arquivo)
Ricardo Hyun Su Moon dentro de viatura, no dia do crime. (Foto: Simão Nogueira/ Arquivo)

Com liberdade provisória já concedida pela Justiça, o policial rodoviário Federal, Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, ainda não foi solto. A informação é de que ele está no Centro de Triagem ‘Anízio Lima’, que fica no complexo penitenciário do Jardim Noroeste.

De acordo com o advogado de defesa, Renê Siufi, não há previsão do horário em que Moon será colocado em liberdade, já que ele deve passar por ‘procedimento burocrático’ para depois ser solto. Em entrevista ao Campo Grande News na tarde desta terça-feira (31), o advogado classificou como “ponderada” a decisão da Justiça de soltar o policial.

“Apesar de toda a comoção que houve nas redes sociais, foi uma decisão ponderada, porque realmente não havia motivos para a prisão preventiva dele”, disse o advogado.

Siufi disse que aguarda a conclusão de laudos para montar uma estratégia de defesa para o policial, acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, e de duas tentar contra a vida de Agnaldo Espinosa da Silva e um adolescente. O crime foi na manhã do dia 31 de dezembro de 2016.

“A princípio devo manter a versão de legítima defesa, amparada no histórico das vítimas, mas tudo isso ainda será avaliado”, disse.

Liberdade - Um mês após o crime, a Justiça concedeu liberdade provisória ao policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, e ferir outras duas pessoas durante uma briga de trânsito, no dia 31 de dezembro do ano passado. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica como medida cautelar, durante o período de seis meses, mas voltará a exercer o cargo de agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em funções burocráticas.

Conforme a decisão proferida nesta terça-feira (31), o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou parcialmente a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o policial, mas concluiu que, como o inquérito policial sobre o caso já foi concluído, não há razões para manter o policial preso.

Segundo o documento, o juiz acatou a acusação de homicídio doloso e tentativa de homicídio por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa das vítimas. No entanto, negou a alegação de fraude processual, conforme havia acusado o MPE.

Quanto a decisão de conceder liberdade provisória a Moon, o argumento da Justiça e de que não se justifica a prisão cautelar pela “conveniência da investigação criminal”, uma vez que o inquérito sobre o caso já foi encerrado.

Medidas cautelares - Ao conceder a liberdade a Moon, Garcete decidiu aplicar algumas medidas cautelares ao policial, entre elas a de usar tornozeleira eletrônica no prazo seis meses.

Está suspenso o direito do policial de portar arma de fogo até o julgamento, é obrigatório seu recolhimento domiciliar no período noturno, das 22h até 6h, podendo sair aos sábados somente até às 12h; E o policial está proibido de se ausentar do país.

Entre as obrigações de 'Coreia', está a de voltar às atividades da polícia rodoviária federal, porém em funções burocráticas. Além disso, o carro de Moon será apreendido como forma de pagamento de fiança estipulada pela Justiça.

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