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Capital

Com quase o triplo de carros nas ruas, plano é campo-grandense optar por ônibus

Previstos há 6 anos, corredores e outras melhorias são aposta para mudar comportamento, segundo Agetran

Caroline Maldonado | 24/11/2021 07:57
Trânsito de carros e ônibus na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Trânsito de carros e ônibus na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Será que Campo Grande está perto de chegar àquele momento em que as pessoas preferem sair de ônibus do que de carro, como ocorre nas grandes capitais? Uma coisa é certa: com o número de veículos nas ruas quase triplicando nas últimas duas décadas, a prefeitura precisa de uma estratégia para o trânsito não ficar caótico. O plano é diminuir o tempo médio em que os ônibus chegam ao destino para atrair quem hoje só usa outros meios.

Em seminário realizado na Câmara Municipal na segunda-feira (22), o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Janine de Lima Bruno, revelou que a ideia da prefeitura vai muito além de reduzir o tempo médio do transporte coletivo. A série de investimentos em corredores e outras áreas do trânsito são a grande aposta para conseguir essa “revolução” no comportamento dos moradores da cidade.

Estão sendo gastos R$ 120 milhões nas obras, que agora, prometem evitar um caos no problema do trânsito. Números do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), divulgados em matéria recente do Campo Grande News sobre os problemas do trânsito, mostram que nos últimos 22 anos, a frota de veículos aumentou 284,2%, passando de 159.173 veículos, em 1999, para 611.564 neste ano.

Questionadas por muitos moradores e comerciantes, as obras estão por toda parte na região central, no pacote do Programa Reviva Mais, e a prefeitura garantiu que os corredores vão aumentar a velocidade dos ônibus de 17,5 quilômetros por hora para 22 km/h.

Diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Janine de Lima Bruno, durante seminário na Câmara Municipal. (Imagem: Reprodução/Youtube)
Diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Janine de Lima Bruno, durante seminário na Câmara Municipal. (Imagem: Reprodução/Youtube)

“A gente está ampliando a malha cicloviária, interligando e recuperando as ciclovias já bastante degradadas com o tempo. Estamos fazendo corredores para melhorar a velocidade média, para ficar mais atrativo para o passageiro e aquela pessoa que tem seu veículo, de repente, ela fala ‘demora demais’, mas se ela perceber que o ônibus está andando rápido, ela vai falar ‘vou deixar meu carro em casa’. A gente quer atrair esse tipo de passageiro para dentro do transporte coletivo urbano”, disse Janine, durante o 1º Seminário de Mobilidade Urbana em Campo Grande.

Segundo Janine, além dos corredores, as obras trarão outras melhorias que vão somar nesse plano de tornar o ônibus atrativo. “Vimos apostando em um trânsito mais seguro, com semáforo inteligente, sinalização vertical e horizontal, semáforo em cruzamentos que não existiam. A gente vem atacando em todas as áreas”, detalhou.

Diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Berenice Maria Jacob Domingues, durante seminário. (Imagem: Reprodução/Youtube)
Diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Berenice Maria Jacob Domingues, durante seminário. (Imagem: Reprodução/Youtube)

Além das obras, a prefeitura trabalha em revisão do plano diretor, segundo a diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Berenice Maria Jacob Domingues. “A edição vigente é que discutimos entre 2007 a 2009.

"O objetivo é analisar origens e destinos para ter a mobilidade aderida a necessidade do cidadão campo-grandense”, destacou.

As reuniões e audiência que discutirão o novo plano serão divulgadas para participação dos cidadãos, conforme Berenice.

Propositor do seminário, o vereador André Luís Soares da Fonseca, o “Prof. André” (Rede) sugeriu ainda a criação de um grupo para acompanhar o trabalho. “Poderemos debater periodicamente o que está acontecendo e correr atrás de verba parlamentar. Existe uma discussão, mas o que queremos são políticas efetivas”, disse o parlamentar.

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