"Consciente da inocência", defesa de Jamilzinho desiste de transferir júri
Jamil Name Filho e mais dois réus serão julgados por assassinado de universitário em julho
Preso na operação Omertà, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, desistiu do pedido para transferir o júri popular de Campo Grande para o interior de Mato Grosso do Sul. A defesa comunicou a desistência ao TJ-MS (Tribunal de Justiça) na sexta-feira (dia 16). Ele e mais dois réus vão a julgamento no dia 17 de julho pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, 19 anos.
“Jamil Name Filho, por seus advogados constituídos, em que pese a perseguição midiática que tem sofrido, mas em respeito à Justiça e consciente de sua inocência, requer a desistência do pedido de desaforamento”, diz o pedido.
Na sequência, o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva homologou a desistência e arquivou o pedido para que o júri fosse transferido da Capital.
A defesa de Jamilzinho pediu desaforamento, quando um júri é transferido para cidade diversa de onde ocorreu o crime, por considerar que o réu entraria no Fórum de Campo Grande “já condenado”, que há “indisfarçável ódio” da sociedade campo-grandense contra a família Name e que houve “massacrante trabalho na imprensa”.
A investigação apontou que Matheus Coutinho Xavier, 19 anos, foi morto por engano em 9 de abril de 2019, no Jardim Bela Vista, em Campo Grande. O verdadeiro alvo era o pai do jovem, o ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier e desafeto do grupo comandado por Jamil Name e o filho.
Ao todo, eram seis réus. Jamil Name morreu de covid; José Moreira Freire, o “Zezinho”, foi morto em troca de tiros com a Polícia Militar em Mossoró; enquanto Juanil Miranda nunca mais foi visto.
Além de Name Filho, também vão a júri o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo.