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Capital

Defesa alega tortura e juiz manda transferir “Pedreiro Assassino” para presídio

Cliente “sofreu agressões físicas e psicológicas” desde que foi preso, denunciou advogado em pedido de providências

Anahi Zurutuza | 25/05/2020 19:47
Cleber de Souza Carvalho na saída de um dos cenários dos crimes que confessou (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Cleber de Souza Carvalho na saída de um dos cenários dos crimes que confessou (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

A pedido da defesa, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou a transferência de Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, que ficou conhecido como “Pedreiro Assassino”, para presídio. Ele está em cela da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), onde estaria sofrendo “humilhações e constrangimento”.

Em pedido de providências, o advogado Jean Carlos Cabreira de Sousa alegou ainda que o pedreiro “sofreu agressões físicas e psicológicas” desde que foi preso. O defensor ressaltou que nos encontros com o cliente, era “visível o estado de fragilidade, fadiga mental e física” de Cleber.

A defesa informa já ter feito denúncia contra policiais civis e delegado no Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e pede que a transferência seja para o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) onde há pavilhão destinado a presos sob ameaça.

O promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos deu parecer favorável à transferência e o juiz deferiu o pedido, mas sem determinar para qual presídio Cleber será encaminhado.

Crimes – Cleber foi preso na madrugada do dia 15 e confessou sete assassinatos. A última morte, a do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, ocorrida em 2 de maio, na Vila Nasser, foi o primeiro caso a aportar na 2ª  Vara do Tribunal do Júri.

O homem foi morto a pauladas e enterrado na casa onde morava. O imóvel passou a ser habitado por Cleber, a esposa e a filha, sendo, inclusive, inaugurado com  reunião familiar. As duas também estão presas e os três respondem por homicídio e ocultação de cadáver.

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