Divulgadas pela Prefeitura, histórias da fila da vacina para covid dariam livro
Para compartilhar esperança, a própria Prefeitura de Campo Grande tem contado as cenas vividas na fila
Alegria, choro, balões, festa de aniversário e muita gratidão. Cada uma destas palavras poderia ser um capítulo do livro que as histórias da fila para a vacina da covid proporcionam. Como reconhecimento aos profissionais que estão nos pontos de vacinação e também para compartilhar esperança, a própria Prefeitura de Campo Grande tem contado parte destas cenas.
“Tem gente que vem com carro adesivado, com balão, com o carro escrito a giz, agradecendo a equipe. Outros trazem lanches, bolos para a equipe, chocolates. Já presenciamos até a entrega de um buquê de rosas do marido à esposa, em comemoração aos 25 anos de casamento. É muito gratificante fazer parte de tudo isso. Eu me emociono! Para a gente que está desde o início acompanhando tudo, não tem como não se comover”, diz Elaine Cristiana Barbosa.
Elaine é a responsável técnica da imunização do Albano Franco, penúltimo drive-thru instalado na Capital. Desde que a vacinação começou no País, em janeiro deste ano, se vacinar se tornou um dos fatos mais importantes da vida das pessoas. Talvez por terem perdido alguém para a doença ou porque veem todos os dias os noticiários mostrarem rostos levados pela covid.
Do outro lado do "evento" que virou a vacinação, Elaine e todos mais de 200 profissionais que trabalham na imunização têm sido espectadores de cenas emocionantes e, em algumas vezes, recebem todo carinho de quem sai de lá imunizado, como lanches turbinados, cartinhas de agradecimento e bolos.
A foto da mulher com o buquê de rosas foi tirado em um dos drives da vacina. No entanto, a Prefeitura não soube informar o nome da presenteada. Por favor, se você ler aqui, se manifeste para a gente acrescentar. Na ocasião, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a mulher depois de vacinada saiu ainda com as rosas vermelhas porque coincidiu o calendário da imunização com o aniversário de casamento.
Na outra foto, Luciana fez 49 anos no dia em que tomou a primeira dose da vacina contra a covid.
A comemoração foi ali no drive mesmo e não poderia ser melhor, o bolo carrega o balão escrito "vacinada". Melhor presente em tempos de pandemia foi receber a agulhada da imunização.
E escrito a mão, um casal de Campo Grande fez questão de agradecer ao servidor por "todo esforço e sacrifício feitos durante essa época de pandemia".
Na carta, eles ainda falam o quanto o trabalho dos funcionários é valioso e faz a diferença na vida das pessoas.
"Palavras não são suficiente para agradecer e recompensar todo seu empenho, mas nos céus há alguém que pode", diz o bilhete.
Balanço - Até a manhã desta terça-feira, 388.923 pessoas, o que equivale a 42,9% do público, já tomaram a primeira dose da vacina, outras 217.874 (21,97%) já receberam a segunda dose ou a dose única do imunizante.
A operadora de caixa Cynthia dos Santos Martins, que foi tomar a 1ª dose, revela que não via a hora de chegar sua vez. E no dia 1º de julho, quando soube da nova remessa, foi correndo tomar no Drive do Albano Franco.
Operadora de caixa em supermercado, Cynthia dos Santos Martins sonhava em se vacinar, principalmente depois de perder amigos e familiares para a doença.
"Há muito tempo sonho com este momento, muito tempo mesmo. Eu não via a hora de me vacinar. A operadora de caixa trabalha diretamente com muitas pessoas, então, a gente fica exposta o tempo todo. Tenho pessoas muito próximas que pegaram a covid. Tive perdas de amigos e familiares e é muito difícil, mas graças a Deus agora estou tomando a vacina. Todos devem tomar, não importa qual vacina, o importante é se imunizar", frisa.