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Capital

Dois meses após governo repassar recurso, radioterapia do HU ainda está parada

Marta Ferreira | 15/02/2011 14:53

O setor de radioterapia do Hospital Universitário de Campo Grande ainda tem prazo para retomar o atendimento, suspenso há mais de 2 anos, apesar de ter sido assinado, em dezembro, convênio entre o governo do Estado e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) prevendo o repasse de R$ 217 mil para serem investidos com o objetivo de reativar o setor.

O extrato do convênio foi publicado no dia 21 de dezembro e falava em “imediato funcionamento”, mas, de acordo com as informações da assessoria de imprensa da UFMS, ainda não há prazo para isso. O secretário de Saúde do Município, Leandro Mazina, informou por telefone que a previsão recebida da UFMS é de que em 60 dias a radioterapia no HU volte a funcionar.

De acordo com as informações da UFMS, as licitações para comprar os equipamentos já foram feitas, mas eles ainda não chegaram. A sala onde a radioterapia funciona também está passando por obras para a retomada do atendimento no hospital, que durante anos foi referência no tratamento radioterápico em Campo Grande.

Pedido de providência O investimento por parte do governo do Estado foi divulgado após cobrança de providências por parte do MPF (Ministério Público Federal), diante da fila de espera de paciências com câncer para fazer radioterapia.

No mês de novembro do ano passado, o MPF identificou mais de 170 pessoas aguardando para fazer o procedimento. Em alguns casos, a situação se agravava a cada dia sem que a pessoa tivesse a oportunidade de fazer uma única sessão de radioterapia.

Muitos doentes buscavam como alternativa o Hospital de Barretos, em São Paulo, onde Mato Grosso do Sul figura como o terceiro estado de origem dos pacientes tratados.

Em Campo Grande, apenas o Hospital do Câncer estava oferecendo tratamento pelo SUS e informou que não teria condições de ampliar a oferta de vagas. Como paliativo, foi definido que aumentaria para R$ 297 mil, durante quatro meses, o repasse para a clínica particular Neorad para reduzir a demanda reprimida.

O recurso foi triplicado para a clínica, que antes recebia perto de RF$ 70 mil mensais. Segundo o secretário Leandro Mazina, esse repasse maior será feito até março.

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