Em área de risco de inundação, lama obstrui avenida e ponte pode ser "engolida"
Moradores reclamam dos transtornos causados por temporal no trecho da Avenida José Barbosa Rodrigues
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As chuvas em Campo Grande deixam rastro em ruas do Bairro Zé Pereira que persistem e causam transtornos durante vários dias. Também estão destruindo o barranco de ponte, o que causa preocupação para vizinho da área.
No bairro, a Avenida José Barbosa Rodrigues está listada como uma das 39 áreas de risco para ocorrência de deslizamentos e inundações em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento já divulgado pelo Ministério de Minas e Energia.
No total, 21 mil habitantes que residem nessas áreas são diretamente impactados.
Dois desses moradores foram encontrados pela reportagem do Campo Grande News. O manobrista Silvio Tibúrcio, 49 anos, está preocupado com a segurança de quem passa por ponte na Rua Antônio Carlos, próximo da Rua Elenir do Amaral, esta, o nome da via antes de se tornar a Avenida José Barbosa Rodrigues.
“O barranco ficava uns 3 ou 4 metros para lá, tá chegando cada vez mais perto”, disse o manobrista. Morador do Zé Pereira há 23 anos, Silvio diz que a estrutura anterior era de madeira e, quando construíram a passagem na Rua Antônio Carlos, achou que o problema estava resolvido. Mas, não.
Segundo ele, as chuvas estão levando a terra do entorno da ponte, agora, a poucos metros de distância. “Cada vez que dá enchente alta, leva pouco de terra, só piora”. Também diz que tem trecho da calçada destruído, logo à frente.
No mesmo bairro, o protético Claudemir Araújo, 45 anos, reclama da sujeira que a chuva carrega para o asfalto da Avenida José Barbosa Rodrigues. Ele tem um espaço comercial na esquina da Rua José Barbosa de Souza Coelho e toda vez que chove, é “presenteado” com lama, pedregulho e muita água no local.
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Araújo diz que as equipes de manutenção até faziam uma “contençãozinha”, segundo ele, mas que agora o trabalho mudou. Depois da chuva, a prefeitura costuma passar maquinário para nivelar as ruas sem asfalto. “É um trabalho paliativo, quando chove, volta tudo de novo”, contou. A última passagem do maquinário foi há duas semanas, depois de temporal. “Não dá nem para abrir o portão, de tanta terra e pedra”.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber sobre obras de reparos e manutenção nas ruas e na ponte do Zé Pereira e aguarda retorno para atualização do texto.