ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Em caso de condenação, PF e ex-guarda podem ir do banco dos réus para a cadeia

Supremo Tribunal Federal decidiu pela soberania das decisões do Tribunal do Júri

Por Aline dos Santos, Dayene Paz e Bruna Marques | 16/09/2024 10:00
Rafael e Everaldo respondem em liberdade ao processo pela morte de Marcel Colombo.
Rafael e Everaldo respondem em liberdade ao processo pela morte de Marcel Colombo.

Caso o desfecho do júri popular do Caso Playboy da Mansão seja de pena superior a 15 anos, dois dos quatro réus que estão em liberdade podem sair da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande direto para a prisão.

Respondem ao processo em liberdade o policial federal Everaldo Monteiro de Assis e Rafael Antunes Vieira (ex-guarda municipal). Já Marcelo Rios (ex-guarda municipal) e Jamil Name Filho estão presos. Os quatro são julgados a partir de hoje pela morte de Marcel Colombo, conhecido como o Playboy da Mansão.

Na última quinta-feira (12), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a soberania das decisões do Tribunal do Júri (ou júri popular), prevista na Constituição Federal, justifica a execução imediata da pena imposta. Dessa forma, condenados por júri popular podem ser presos imediatamente após a decisão.

De acordo com o promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, a prisão é imediata se a condenação for superior a 15 anos.

"O volume de provas técnicas é verdadeiramente absurdo", diz promotor Douglas. (Foto: Henrique Kawaminami)
"O volume de provas técnicas é verdadeiramente absurdo", diz promotor Douglas. (Foto: Henrique Kawaminami)

“O volume de provas técnicas é verdadeiramente absurdo. Felizmente nós vamos ter um bom número de dias para exibirmos para o conselho de sentença, através da inquirição de testemunhas. Nós teremos, inclusive, o tempo dilatado. O doutor Aluízio [juiz]  aumentou o tempo dos debates,  de forma que nós teremos total tranquilidade para mostrar ao conselho de sentença tudo aquilo que foi produzido”, afirma o promotor.

Segundo a denúncia, os mandantes foram Jamil Name (falecido) e o filho Jamilzinho. “Destaca que Jamil Name e Jamil Name Filho agiram por motivo torpe, visto que mandaram matar em razão de vingança por agressão anterior praticada pela vítima”. Name e Marcel tiveram desentendimento em uma boate.

Conforme a promotoria, o então guarda municipal Marcelo Rios era de confiança dos Names e um dos responsáveis por receber ordens e repassá-las aos demais, fornecendo suporte nas missões.

O policial federal Everaldo Monteiro de Assis é apontado como intermediário. Ele auxiliava os "homens de confiança" em relação ao suporte necessário à realização das tarefas. Já Rafael Antunes Vieira teria ocultado a arma usada no crime. Juanil Miranda Lima efetuou os tiros de pistola contra a vítima. Ele está foragido.

Marcel, de 31 anos, foi executado à queima-roupa em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, Vila Rosa Pires, em Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018. Um amigo dele ficou ferido.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias