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Capital

Playboy da Mansão ameaça credor em áudio: "Cara errado para você ter problema"

Gravação faz parte da estratégia da defesa de PF para mostrar que vítima teria inimigos

Por Aline dos Santos | 11/09/2024 12:57
Imagens flagraram momento da execução, em um bar da Capital, em 2018 (Foto/Arquivo) 
Imagens flagraram momento da execução, em um bar da Capital, em 2018 (Foto/Arquivo)

A cinco dias do júri popular do caso “Playboy da Mansão", a movimentação de documentos já é intensa no processo, que supera 10.560 páginas. Num dos últimos lances, a defesa do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, que vai a julgamento a partir de segunda-feira (dia 16), anexou áudio em que Marcel Costa Hernandes Colombo, mais conhecido como playboy, ameaça um credor, durante cobrança de dívida.

O áudio, com dois minutos e 47 segundos de duração, não teve data e nem circunstâncias informadas, mas sinaliza a estratégia da defesa de mostrar que a vítima tinha inimigos. Marcel foi executado à queima-roupa em um bar de Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018.

Na gravação, ele cobra o pagamento de R$ 1.300. “Eu vou fazer questão de ter problema com você, brother”, diz, no começo do áudio. Depois comenta que poderia encontrar a pessoa na rua. "Fora, achar você na rua. Vai ser uma honra, o jeito que você quiser, é mano, é porrada, é tiro, eu faço questão. Na humildade, paga".

Noutra passagem, declara: “Grava esse nome, que você me conhece muito bem, Marcel Colombo. Não me manda mais áudio, paga o que você deve, irmão. Eu não sou esse vagabundo que você dá cano. Sou um cara que adora problema, você sabe disso. Se você tá tomando como ameaça, pode tomar. Eu sou o cara errado para você ter problema hoje. Até o final do dia quero o meu R$ 1.300 na conta”.

Vão a julgamento Jamil Name Filho (Jamilzinho), o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial federal. No ano passado, também na operação Omertà, Jamilzinho e Rios foram condenados pela execução de Matheus Xavier, morto por engano.

Dessa vez, Name Filho não quis vir a Campo Grande e vai acompanhar de forma virtual, direto da Penitenciária Federal de Mossoró (Rio Grande do Norte). O preso Marcelo Rios vem de Mossoró para acompanhar a sessão do júri presencialmente. O policial está em liberdade.

Roteiro - No dia 16, a partir das 8h, devem ser ouvidas as testemunhas arroladas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul): três de manhã e duas à tarde. Ainda na segunda-feira, no período vespertino, começa a oitiva das testemunhas da defesa. No caso, três pessoas indicadas por Jamil Name Filho.

No dia 17, a partir das 8h, serão ouvidas outras duas testemunhas de Jamilzinho. Na sequência, falam as três pessoas arroladas por Marcelo Rios. Durante a tarde serão ouvidas as cinco testemunhas de Everaldo.  Na sequência, vêm os interrogatórios dos réus e embates entre acusação e defesa.

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