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Capital

Preso há 5 anos, Name fez curso para cuidar de idosos e de Direito na cadeia

Jamilzinho fez uma dezena de cursos e já tem saldo de 321 dias a serem reduzidos de seu tempo na prisão

Por Anahi Zurutuza | 14/09/2024 11:34
Jamil Name Filho (de casaco) durante julgamento pela morte de estudante, no ano passado (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Jamil Name Filho (de casaco) durante julgamento pela morte de estudante, no ano passado (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Preso há cinco anos, desde que foi alvo da Operação Omertà, Jamil Name Filho se esforça para ficar menos tempo na cadeia. Na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), a “casa” de Jamilzinho desde novembro 2019, ele fez curso para cuidador de idosos e estudou Direito Constitucional, por exemplo.

Conforme relatório da situação processual de Name, obtido pelo Campo Grande News, pelas duas capacitações, o detento de 47 anos conseguiu 34 dias de remissão nas penas já impostas pela Justiça. Jamilzinho fez uma dezena de outros cursos e já tem saldo de 321 dias remidos.

O principal alvo da força-tarefa investigativa que tirou de circulação milícia violenta, formada para impor poder e sustentar negócios ilegais, já foi condenado por extorsão, posse ilegal de armas e liderar organização criminosa. A maior pena, porém, obteve no ano passado, quando júri popular o considerou culpado por ser o mandante da execução por engano do estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, fuzilado aos 19 anos no lugar do pai.

Em julgamento histórico, que durou pouco mais de 30 horas, em julho de 2023, Name Filho foi condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de emboscada e porte ilegal de arma.

Na próxima semana, Jamilzinho será julgado por outro assassinato, o de Marcel Costa Hernandes Colombo, que ficou conhecido como “Playboy da Mansão”. Ele deve acompanhar o julgamento por videoconferência, em sala do presídio de Mossoró, a pedido da defesa.

O júri está agendado para os dias 16, 17, 18 e 19 de setembro. Marcel Colombo foi executado à queima-roupa em um bar de Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018, e Name é acusado de ser o mandante do crime.

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