Em greve, professores da rede municipal fazem protesto na prefeitura
Um grupo de professores está neste momento em frente a prefeitura de Campo Grande, para tentar um diálogo com representantes do executivo, em busca de uma negociação sobre o reajuste da categoria. Eles iniciaram, nesta segunda-feira (25), greve por tempo indeterminado e deixaram milhares de estudantes sem aulas nas escolas municipais.
De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, uma comissão será recebida no local.
Nesta segunda-feira (25) se iniciou a greve dos professores que exigem o reajuste do piso salarial em 13%, para 20 horas semanais, com o aumento de R$ 1.697 para R$ 1.917. O presidente da ACP ressaltou que o diálogo com a prefeitura está parado desde o dia 15 de maio, onde foi enviado um ofício dizendo que o executivo municipal não tinha condições de pagar o reajuste.
“Uma comissão de professores vai ser recebida por representantes da prefeitura, ainda não nos disseram se será secretário ou o prefeito Gilmar Olarte (PP)”, disse Geraldo. O dirigente ponderou que já havia uma reunião marcada para às 15h, porém resolveram adiantar e buscar um diálogo durante a manhã.
A manifestação em frente a prefeitura conta com faixas, cartazes e “apitaço intenso” dos profissionais. No local, guardas municipais garantem a segurança, para entrar nas dependências apenas com autorização, está sendo feito uma “triagem”, para que haja controle sobre a manifestação.
Na semana passada, a categoria fez assembleia e aprovou indicativo de greve a partir de hoje. A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 8,3 mil professores, sendo seis mil concursados e 2,3 mil convocados, e 101 mil alunos. O secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, que responde interinamente pela pasta da Educação, alega que a categoria teve reajuste de 85,41% nos últimos quatro anos, quatro vezes a inflação no mesmo período.