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Capital

Guardas municipais denunciam falta de estrutura e insegurança em favela

Mesmo com estrutura montada no local, não existem dormitórios suficientes para descanso e nem apoio da Polícia Militar

Fernanda Yafusso | 10/03/2016 21:14
Guardas Municipais cuidam da segurança dos moradores na favela Cidade de Deus (Foto Alan Nantes)
Guardas Municipais cuidam da segurança dos moradores na favela Cidade de Deus (Foto Alan Nantes)

"Dormimos em pé, igual cavalo porque não tem opção". Essa frase define uma denúncia recebida pelo Campo Grande News nesta quinta-feira (10), sobre a situação atual dos Guardas Municipais na favela Cidade de Deus, quando desejam descansar. Outro problema enfrentado é o receio com a própria segurança da corporação durante a noite.

Segundo o denunciante, que não quis se identificar, os guardas são impedidos de sentarem nas cadeiras de plástico existentes no local, pois segundo ele, são de propriedade dos funcionários da EHMA (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).

O clima no local de insegurança por parte do efetivo, é relatado na denúncia. "Não temos o apoio da Polícia Militar, imagine se alguém resolve atirar ali por perto? Nós protegemos os moradores, e nós?", conta.

De acordo com o comandante responsável pela operação na favela, Major Escanaichi, os 225 guardas municipais recebem uma boa estrutura para realizarem o trabalho com segurança no local. Além de serem realizadas escalas de serviço para uma melhor organização dos mesmos.

"Temos guardas trabalhando nessa operação com um plantão de 12 por 48. Eles recebem também quatro refeições diárias e temos uma estrutura toda montada para que eles possam passar a noite e descansar", conta.

A equipe foi escalada para manter a segurança dos moradores da favela durante a desocupação, que acontece desde segunda-feira (7). E alguns, segundo denúncia, não conseguem lugar para descansar no plantão noturno.

"Existem duas barracas montadas para a GM, apenas uma pode ser utilizada como dormitório. Existem 4 beliches para 70 homens, e desses só 10 conseguem descansar. O restante dorme em pé igual cavalo", relata.

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