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Capital

Jamil Name, filho e dois policiais civis aguardam transferência para Mossoró

No sábado, os quatros foram transferidos de forma emergencial para a penitenciária federal de Campo Grande

Aline dos Santos | 14/10/2019 10:15
Presos vão ficar no regime mais rígido da penitenciária  federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Presos vão ficar no regime mais rígido da penitenciária federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Com inclusão emergencial e temporária na penitenciária federal de Campo Grande efetivada no último sábado (dia 12), o destino dos empresários Jamil Name, 80 anos, e Jamil Name Filho, 42 anos, apontados como líderes de organização criminosa e presos na operação Omertà, será o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na mesma situação estão os policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, inseridos no núcleo de gerentes da quadrilha.

No pedido de transferência do Centro de Triagem para o sistema penitenciário federal, destinado aos presos mais perigosos do País, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) detalha que eles se enquadram no perfil: posição de líderes de organização criminosa e o fato de que, “mesmo reclusos no sistema estadual, continuam com o mesmo agir de intimidação e violência contra terceiros, é inegável que todos eles possuem perfil de enquadramento no sistema penitenciário federal”.

A primeira manifestação pela transferência partiu do delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros). A representação cita que além da gravidade dos fatos apurados, grupo de extermínio e milícia armada, a organização criminosa planejava atendado contra o delegado titular do Garras, Fábio Peró.

Relatório do DIP (Departamento de Inteligência Policial) aponta que os quatro estavam presos na mesma cela e o documento também compara a situação de Peró a do procurador federal Delton Dallagnol e do então juiz federal Sergio Moro, com a diferença de a operação Lava Jato não ser "dotada de milicianos extremamente armados".

O Gaeco endossou o pedido e pontuou que somente o sistema penitenciário federal possui condições estruturais para impedir comunicações não ortodoxas e ilegais entre cliente e advogados.

Já a promotora Paula Volpe, da 22ª Promotoria de Justiça, pediu que os presos fiquem no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde não têm contato com outros internos. De dentro de uma cela do RDD, só se sai para atendimento médico, audiência com juiz ou advogado e visita no parlatório. Ficam suspensas as visitas sociais e os banhos de sol coletivos.

No último dia 9, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, em substituição legal na 1ª Vara de Execução Penal, deferiu o pedido “buscando evitar situação de mais violência em MS”. O Depen (Departamento Penitenciário Federal) indicou a penitenciária de Mossoró como a mais adequada para a custódia.

Primeiro do grupo a ser preso, o então guarda municipal Marcelo Rios, também foi transferido para a penitenciária federal da Capital e deve ser transferido para Mossoró. O Campo Grande News não conseguiu contato com o advogado Renê Siufi, que atua na defesa dos quatro presos.

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