Juiz nega reconstituição da morte de idosa que teve a cabeça esmagada
Na decisão, juiz indeferiu o pedido justificando que ainda “há fatos e circunstâncias que deverão ser esclarecidos durante a instrução criminal”
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, negou o pedido de reconstituição simulada do assassinato de Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos. A vítima foi assassina por Pâmela Ortiz de Carvalho, nos fundos de uma fábrica no Bairro Indubrasil, no dia 23 de fevereiro.
À polícia, Pâmela confessou ter esmagado a cabeça da idosa contra um meio-fio. A promotoria argumentava que a reprodução seria uma “importante fonte de prova” que poderia esclarecer, inclusive, “se houve eventual participação de terceiro(s) no caso”.
No entanto, Garcete indeferiu o pedido justificando que ainda “há fatos e circunstâncias que deverão ser esclarecidos durante a instrução criminal” . “Assim, indefiro, por ora, a reprodução”, diz o documento, protocolado nesta quarta-feira (24).
O crime – Dona Dirce, como era conhecida no bairro Santo Antônio, desapareceu num sábado, dia 23 de fevereiro, e todo o enredo foi descoberto na segunda-feira, dia 25, quando vizinhas da idosa foram à 7ª DP (Delegacia de Polícia) para registrar o sumiço.
Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina confessa também esteve na delegacia. Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce naquele sábado.
Antes de saber das imagens, ela havia negado até ter encontrado a vítima. Pâmela alegou para a polícia que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la por compras usando indevidamente o nome de Dirce.
Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia.