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Capital

Justiça nega liberdade a cuidador de cavalos e a segurança de Jamil Name

Luís Fernando da Fonseca e Euzébio de Jesus são citados como membros de núcleos que compõem grupo de execução em MS

Gabriel Neris | 29/09/2019 11:54
Operação foi deflagrada na sexta-feira e prendeu empresário em condomínio na Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Operação foi deflagrada na sexta-feira e prendeu empresário em condomínio na Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

A Justiça negou neste domingo (29) pedido de habeas corpus a favor do cuidador de cavalos Luís Fernando da Fonseca e do segurança Euzébio de Jesus Araújo, ambos funcionários da família Name e considerados parte dos núcleos do grupo acusado de extermínio. A decisão é assinada pelo desembargador Sideni Soncini Pimentel.

Luís Fonseca foi preso de forma temporária na sexta-feira durante a Operação Omertá. Com ele também foram encontrados um revólver calibre 38 e três munições. Euzébio é antigo segurança da família Name e que aparece como integrante do núcleo de atividade de apoio.

As defesas de Luís Fernando e Euzébio de Jesus alegam que os dois estão sofrendo constrangimento ilegal e tratam apenas de “serviçais da família Name, treinador de cavalos e motorista, respectivamente”.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) saiu às ruas na manhã de sexta para cumprir 23 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão contra suspeitos de formar uma milícia especializada em execução de inimigos, entre eles os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, além de guardas municipais, policiais civis, funcionários da família, um militar do Exército, um policial federal e um advogado.

Luís Fernando aparece no núcleo da gerência do grupo de extermínio ao lado de Márcio Cavalcante da Silva (policial civil), Vladenilson Daniel Olmedo (policial civil aposentado) e Marcelo Rios (ex-guarda municipal).

Os quatro aparecem como homens de confiança da organização criminosa, com funções como segurança da família, resolver pendências financeiras, cuidar das propriedades rurais e atividades ilegais, como transporte de armas e munições com origem do Paraguai.

Euzébio aparece como integrante do núcleo de atividade de apoio, grupo responsável pela logística, segurança e suporte da organização criminosa.

Conforme as investigações, acima deles havia somente o núcleo dos líderes, composto por Jamil Name e Jamil Name Filho, responsáveis por definir as missões e pelo custeio de todas as atividades do grupo, fornecendo o material necessário às execuções, como armas, munições, veículos, imóveis, dinheiro e até mesmo proteção.

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